Onze meses após assumir oficialmente o cargo de diretor de seleções da CBF (Confederação Brasileira de Futebol), Andres Sanchez entregou hoje uma carta de demissão na sede da CBF.
O ex-presidente corintiano tomou a decisão após ficar contrariado com a demissão do técnico Mano Menezes da seleção brasileira na última sexta-feira. O treinador foi voto vencido em uma reunião que contou com o presidente da CBF, José Maria Marin, e o vice-presidente da entidade, Marco Polo Del Nero.
Andres Sanchez, que presidiu o Corinthians entre outubro de 2007 até dezembro de 2012, quando se licenciou, foi convidado pelo ex-presidente da CBF Ricardo Teixeira para assumir o cargo de diretor de seleções. O convite foi feito antes da última rodada do Brasileiro 2011 -25 de novembro-, que terminou com o Corinthians campeão.
Antes de ser diretor de seleções da CBF, Andres foi chefe de delegação da seleção brasileira na Copa do Mundo-2010.
Porém, com a renúncia de Ricardo Teixeira da CBF, Andres perdeu força com a chegada de Marco Polo Del Nero e José Maria Marin.
Em maio, Andres foi aconselhado por pessoas próximas e com forte trânsito no governo federal a deixar o cargo na confederação. O motivo principal seria o desencontro de ideias com José Maria Marín.
Logo no início de sua gestão, Marin já discordava de Andres. Por exemplo, ao nomear chefes de delegação para as seleções masculina e feminina no Jogos de Londres. O cartola também desejava priorizar a Olimpíada, ao contrário de Andres.
Antes da queda de Mano e a saída de Andres, Marin já tinha demitido funcionários internos da CBF, que faziam parte da gestão do seu antecessor Ricardo Teixeira.
Enquanto Andres deixa a CBF, José Maria Marin será o chefe da delegação do Corinthians no Mundial de Clubes da Fifa em dezembro.