O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, disse em reunião do Conselho Deliberativo que tentará um novo acordo com a Caixa Econômica Federal para o pagamento da arena do clube em Itaquera. O encontro ocorreu na noite desta segunda-feira, no Parque São Jorge.

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A ideia do Corinthians é tentar anular o processo da Caixa, que neste mês ajuizou a execução de R$ 536 milhões contra a Arena Corinthians por causa de inadimplência contratual. O caso tramita na 24ª Vara Federal Cível de São Paulo.

Um encontro entre advogados do Corinthians e da Caixa está marcado para esta terça-feira. A reunião não terá a presença de Andrés e do presidente da banco estatal, Pedro Guimarães.

No encontro do Conselho Deliberativo, Andrés reforçou que o Corinthians deixou de pagar duas parcelas para a Caixa, referentes aos meses de junho e julho deste ano. No período, o Itaquerão recebeu a Copa América, e o clube não teve arrecadação com bilheteria. A Caixa, porém, informa no processo que corre na Justiça que o Corinthians deve desde março.

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Essa diferença, segundo Andrés, é porque a Caixa não conta o acordo verbal que teria sido feito entre as partes. O clube havia acertado no ano passado novo parcelamento da dívida, mas o contrato não foi assinado. No combinado que teria validade até 2028, o Corinthians pagaria parcelas mensais de R$ 6 milhões, de março a outubro de cada temporada, e R$ 2,5 milhões entre novembro e fevereiro, período em que há um menor número de jogos no calendário do futebol brasileiro.

Há outro conflito entre Corinthians e Caixa. O clube diz que deve R$ 470 milhões, enquanto o banco afirma que ainda precisa receber R$ 536 milhões – ou seja, uma diferença de R$ 66 milhões. No último dia 17, a Justiça acatou o pedido da Caixa para incluir o nome da Arena Itaquera S/A, que administra o estádio do Corinthians, no cadastro de inadimplentes da Serasa.

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A Caixa emprestou inicialmente R$ 400 milhões ao Corinthians para a construção do estádio em Itaquera. Desde o início do financiamento, em 2014, o clube pagou cerca de R$ 170 milhões, sendo R$ 80 milhões de fevereiro de 2018 até agora.

O imbróglio ocorre no momento em que o Corinthians encaminhou acerto também com a construtora Odebrecht. Além dos 400 milhões de dívida com a Caixa, o clube havia se comprometido a pagar R$ 420 milhões para a construtora, que também ajudou a erguer o estádio. Esse valor viria por meio de Certificados de Incentivo ao Desenvolvimento emitidos pela Prefeitura de São Paulo.