O presidente do Corinthians, Andrés Sanchez, revelou que a renovação de contrato de Tite, que parecia apenas questão de tempo para ser confirmada, se complicou na última segunda-feira. O dirigente afirmou que o empresário do técnico, Gilmar Veloz, pediu um alto valor salarial para reformar o compromisso do treinador com o clube, fato que agora tornou incerta a permanência do comandante no Parque São Jorge.

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O mandatário informou, em entrevista para a TV Globo, que estabeleceu um teto salarial no Corinthians desde a saída de Mano Menezes para a seleção brasileira e admitiu que ficou “muito bravo” ao saber das novas pretensões salariais de Tite, que curte as suas férias nos Estados Unidos, enquanto seu agente negocia a renovação de contrato com o clube no Brasil.

“(A negociação) estava andando bem, mas hoje (segunda-feira) complicou tudo. O empresário dele está achando que está no Catar, nos Emirados Árabes. O Corinthians tem um teto e não paga mais que isso”, afirmou o presidente corintiano, que em seguida respondeu da seguinte forma ao ser questionado se o técnico tem proposta de algum clube do exterior: “Se tiver, que vá com Deus”.

Andrés revelou que a permanência ou não de Tite no Corinthians será definida até no máximo na próxima sexta-feira e que agora aguarda uma resposta do técnico em relação à contraproposta feita pelo clube para renovação de contrato. “Se ele aceitar o que nós propusemos, não tem problema. Mas não demora muito não. Se não responder em dois ou três dias, que seja feliz. Não vou pagar R$ 750 mil, R$ 800 mil para treinador. Isso é o fim do mundo, uma ofensa ao País”, avisou.

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Apesar da negociação ter se complicado, o dirigente garantiu que segue confiante na renovação de contrato e lembrou de uma declaração do próprio Tite para justificar o seu otimismo. “Não me esqueço da frase ‘prefiro ganhar pouco, mas ter estabilidade’. Estou com esta frase guardada. Quer mais estabilidade do que teve comigo?”, questionou Andrés, lembrando que sempre bancou a permanência do técnico, cuja cabeça foi pedida por dirigentes do clube em várias ocasiões durante a última temporada.