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André Sá exalta parceria com técnico espanhol e já vê evolução de Bellucci

Foram poucos meses de trabalho, interrompidos por lesão e uma suspensão por doping, mas André Sá já vê evolução em sua parceria com Thomaz Bellucci. Para o duplista aposentado e agora técnico, seu pupilo exibe avanços em quadra, principalmente em relação à postura e às subidas à rede.

“Ele já está mostrando um pouco mais de agressividade, está chegando mais na rede. Um pouco mais consciente no que ele precisa fazer dentro de quadra. Mas precisamos de tempo para incorporar tudo isso. Ele vinha de um tempo sem jogar”, diz Sá, em entrevista ao Estado.

O novo treinador iniciou a parceria com o atual número 133 do ranking de forma provisória ainda em julho do ano passado. A parceria se tornou definitiva em setembro, mas a suspensão de cinco meses aplicada a Bellucci, por doping, e uma lesão atrapalharam o início da engrenagem do trabalho.

Neste trabalho, Sá tem como missão buscar a consistência do tenista, com foco na força mental. “O que cobro dele é cuidar do plano de jogo, ter a intenção certa. Sei que na execução ninguém é perfeito. Não dá para acertar todas. Mas a intenção tem que ser perfeita. É uma tecla que estou batendo o tempo todo. Isso vai simplificar as coisas”, afirma o técnico.

“Quero diminuir um pouco a ansiedade e o nervosismo que ele sente durante as partidas. Queremos evitar os altos e baixos, queremos manter isso num nível estável. Precisamos de tempo, de mais alguns meses para ele estar totalmente confortável com o trabalho que está sendo feito”, diz Sá.

A parceria tem duração ao menos até o fim do ano. O ex-tenista, que se aposentou no Brasil Open, vai seguir morando em Blumenau, enquanto Bellucci está treinando nos Estados Unidos. Serão 25 semanas juntos viajando pelo circuito. “Vou ficar entre Blumenau e o circuito. Estamos com um esquema bem montado na Flórida porque ele decidiu mudar para lá.”

Neste acordo, o “meio-de-campo” será feito por German López. O ex-tenista da Espanha, que já foi 61º do mundo, vai treinar Bellucci na cidade norte-americana de Bradenton. “Eu já fiquei umas duas, três semanas com eles lá nos EUA para coordenamos tudo o que o Thomaz precisa melhorar. Estamos no mesmo canal de comunicação”, diz Sá.

Em busca de pontos no ranking para voltar ao Top 100, Bellucci abdicou de disputar os qualis dos Masters 1000 de Indian Wells e Miami para se concentrar em torneios menores. A ideia é buscar ritmo e seguir jogando no saibro. Por isso, jogará no fim do mês o Challenger de San Luiz Potosi, no México. Na sequência, na primeira semana de abril, estará no Challenger do Panamá. Depois, jogará o ATP 250 de Houston e o Challenger de Sarasota, ambos nos EUA.

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