André Azevedo deu um importante passo rumo à conquista da edição 2003 do Rali Paris-Dakar, ao chegar na terceira posição da oitava etapa e assumir a vice-liderança na categoria caminhões. Outro bom resultado para o Brasil ontem foi o 13.º lugar entre os carros do piloto Klever Kolberg e do navegador Lourival Roldan, que avançaram para a 11.ª posição na classificação geral.

André Azevedo, que pilota uma caminhão Tatra com os companheiros checos Tomas Tomecek e Mira Martinec, chegou a 6m3s dos vencedores da etapa, os checos Karel Loprais, Josef Kalina e Petr Gilar (também da Tatra), terceiro colocados na classificação geral.

Após oito etapas disputadas, os russos Vladimir Tchaguin Semion Yakubov e Serguei Savostin (da Kamaz), os segundo melhores nesta quinta-feira, seguem como líderes da classificação geral, com 43m30s de vantagem para os brasileiros.

?Passamos por todo tipo de terreno: terra, areia, pedras e dunas. Mas as pedras castigaram mais?, disse André Azevedo. Em 2003, ele foi o vice-líder da categoria.

Nos carros, Kolberg e Roldan (Mitsubishi Pajero Full) subiram na classificação geral, mas ainda estão distantes dos líderes da prova (4h18m25s), os franceses Stéphane Peterhansel e Jean-Paul Cottret (Mitsubishi), que reassumiram a liderança com a vitória ontem.

Os franceses foram beneficiados pelos problemas mecânicos que deixaram parado por cerca de 1 hora o piloto japonês Hiroshi Masuoka, e seu navegador francês Gilles Picard. Com isso, eles foram os 12.º colocados na etapa e caíram para o 3.º lugar na geral.

?Hoje a idéia era andar poupando o carro e tivemos um pneu furado. Enfrentamos problemas também com o enchedor de pneus, que quebrou no meio da etapa em três rodas?, explicou Klever Kolberg. ?Sem eles era impossível controlar a pressão para passar pelas dunas.?

Jean Azevedo, com sua moto KTM, continua sofrendo com as dores no ombro direito e não foi bem no trajeto de 389km, sendo 355km cronometrados, entre as cidades de Atar (Marrocos) e Tidjikja (Mauritânia), completando o percurso em 6h30m34s. O brasileiro foi apenas o 21.º colocado do dia, mas conseguiu sustentar a 11.ª posição no geral. O líder da categoria é o espanhol Nani Roma.

?Hoje (ontem) fiquei tão nervoso que resolvi acelerar mais e acabei levando um tombo bobo. Estou andando a um quilômetro por hora. É horrível essa situação porque não tenho forças para segurar a moto?, contou Jean Azevedo, que tem terminado as etapas sem poder mexer o braço direito.

A Especial (trecho cronometrado) de hoje é a mais longa de todo rali. Serão 736 km entre as cidades de Tidjikja e Nema. Desde seu início em 1.º de janeiro, vários competidores já desistiram do Paris-Dakar.

Do total de 411 veículos que largaram em Clermont Ferrand, na França, somente 253 continuam.

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