A pouco mais de um mês de sua próxima luta pelo UFC, a principal organização de artes marciais mistas do mundo, contra o jamaicano Uriah Hall, Anderson Silva afirma que “segue lutando por amor ao MMA”. “É isso que sou, o que eu amo fazer e é um privilégio de poucos”, respondeu o “Spider” em entrevista por telefone ao Estadão.com direto da Arena da Baixada, palco do UFC 198, em 14 de maio, quando ele voltará a entrar no octógono.
Perto da aposentadoria, Anderson afirmou que familiares já pediram para que ele parasse de lutar. “Já houve esse pedido e a gente conversou sobre isso. Mas eles entendem que é o que eu amo, o que eu gosto de fazer. E enquanto eu tiver condições físicas e psicológicas eu vou continuar fazendo”, disse. “É um privilégio para poucos fazer o que a gente faz, ainda mais na minha idade, apesar que isso não me atrapalha muito”, acrescentou.
Sobre suas chances de uma nova disputa pelo cinturão, Anderson admitiu que a possibilidade não é das maiores, mas não a vê como impossível. “Como eu sou um atleta com contrato com o UFC e tenho algumas lutas no contrato. Pode ser que isso aconteça. Não estou muito preocupado com isso porque é uma fase que já passou. Não busco mais isso na minha carreira.”
Perguntado sobre suas próximas lutas, o paulista criado em Curitiba disse ter “mais algumas com o Ultimate e que os fãs ainda ouvirão falar de mim por um bom tempo.”
Ao contrário do que sempre fez, dessa vez Anderson revelou com quem gostaria de lutar neste seu final de carreira. “Não gosto muito de falar disso e nunca gostei de desafiar ninguém. Sempre brincava falando que queria enfrentar meu clone. Mas nas minhas últimas lutas eu gostaria de fazer revanches, com Nick Diaz e Michael Bisping”, declarou o lutador. “E gostaria de testar minha habilidades marciais com o McGregor. Acho que ele é um grande lutador em pé, tem uma habilidade incrível e gostaria de me testar com ele num peso casado”, disse.
Uma das revanches mais aguardadas, contra Vitor Belfort, no entanto, não está nos planos do ex-campeão dos meio-médios do UFC. “Acho que isto está fora de cogitação. A gente já lutou e acho que nem ele gostaria que essa luta acontecesse. Mas sou atleta do UFC e estou aqui para lutar.”