Tudo tem seu preço. Ditado popular que, desde a madrugada de ontem, passou a perseguir o astro do MMA Anderson Silva. Depois de mais uma vitória avassaladora, agora sobre Stephan Bonnar, maior e mais pesado, um possível confronto contra Jon Jones o coloca dentro de uma panela de pressão. E a tampa é o chefão Dana White. “Pelo dinheiro que vou oferecer a eles, faço os dois aceitarem”, lascou o presidente do UFC.

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Inovafoto/Divulgação/UFC
Stephan Bonnar não aguentou nem o primeiro round.

Sábado, no Rio de Janeiro, Anderson se aventurou novamente pelos meio-pesados, onde Jones reina absoluto. “Foi pra salvar o evento”, ressaltou. Apenas um dos escudos usado por ele pra se defender das perguntas sobre se confrontar ou não com o americano. “Tenho mais duas lutas no contrato e acho que uma delas deve ser contra o George Saint Pierre”, esquivou-se ele durante a entrevista coletiva, já no meio da madrugada.

O fato é que o encontro entre Anderson Silva e Jon Jones preenche cada vez mais o imaginário dos amantes das artes marciais mistas. E o comandante do UFC aumenta sua artilharia a fim de vencer resistências e emplacar o maior de todos os duelos. “Se precisar, voo 12 horas com o Ed Soares (empresário de Anderson Silva) e faço essa luta acontecer”, afirmou ele, insinuando que sairia no meio da madrugada, se preciso fosse, para resolver o assunto no ato.

A pergunta que fica agora é: quanto vale o show? Enquanto o atleta curitibano bate no peito pra dizer que nunca lutou por dinheiro, o patrão promete não medir esforços e grana. Os fãs agradecem.

Finalização da noite

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Talvez o grande momento da noite tenha sido a vitória de Rodrigo Minotauro sobre Dave Herman. O peso pesado brasileiro tratou de lavar a alma nacional, em defesa do brazilian jiu-jitsu. Antes da luta, o wrestler californiano havia dito que a arte marcial brasileira não tinha qualquer utilidade no MMA. Pagou com a língua, ou melhor, com o braço. Depois de um primeiro round de muita trocação, caiu nas garras do veterano faixa preta e foi finalizado, pela primeira vez na carreira. Os quase 17 mil presentes na HSBC Arena foram à loucura.

Para Minotauro, a vitória pessoal é ainda maior, já que ele vem de recuperação de uma grave lesão no braço. “Nada mal para um atleta de 36 anos e com 16 parafusos”, desabafou, lembrando da cirurgia a que foi submetido depois de ter o braço quebrado por Frank Mir, no UFC 140.

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Outros dois duelos, envolvendo brasileiros, foram estacados pela organização. O combate entre Erick Silva e Jon Fitch foi o escolhido como melhor da noite e coube a Rony Jason o bônus de melhor nocaute, sobre o americano Sam Sicilia.