Jogo difícil, o técnico Roberto Fernandes olha para o lado e vê Anderson Lobão: “Você vai entrar”. Foi assim contra o Botafogo, foi assim contra o Mogi Mirim. No primeiro, ele fez o gol de empate – deu 2 x 2. Contra os paulistas, os dois últimos, os de desempate – foi 4 x 2.

Mas erra quem pensa no atacante como um acomodado, feliz por entrar no segundo tempo e ter o nome gritado pela torcida. “Queria começar jogando”, afirma o atacante de 24 anos, autor de oito gols na Série B do Campeonato Brasileiro. Destes oito, cinco ele marcou como titular, mas uma bolada num treino o tirou da equipe de cima. “Fiquei dias com o olho direito inflamado”, lembra sobre o quase descolamento de retina.

Anderson Lobão, nascido Anderson Medeiros Silva, é catarinense de Tubarão. O apelido vem do termo “gato” usado para os que mascaram a idade nas categorias de base. “Cheguei garoto, com barba cerrada, no Criciúma. Logo, alguém apontou: ?esse nem gato é, já é lobão?. Pegou”, recorda. Da equipe catarinense, foi ainda júnior para o Internacional, onde levantou taça de campeão gaúcho da categoria.

Na volta ao Criciúma, com quem tem contrato até 2005, foi campeão da Série B do Brasileiro de 2002. No início do ano, Anderson Lobão esperou, em vão, por uma negociação com um time da China. “Foram dois meses de vai-não-vai e não fui”, recorda ainda com amargura.

Aldivino Generoso, empresário de jogadores e ex-dirigente do Londrina, foi quem sugeriu o atacante para o alviceleste. Hoje, Lobão divide um apartamento em Londrina com um velho amigo: Marcelo Silva, também atacante e igualmente catarinense (natural de Garopaba) de 24 anos. Os dois se conhecem do Criciúma. “Trouxemos o entrosamento para cá”, brinca o vice-artilheiro da equipe.

continua após a publicidade

continua após a publicidade