Um Atlético preparado para sofrer pressão e um Coritiba exposto e atacando o tempo todo. Na teoria, esta deve ser a forma que as duas equipes vão para o jogo neste domingo(8), às 16h, no Couto Pereira. Embora o discurso no Furacão seja de que o time não vai jogar com o regulamento e quer a vitória, dificilmente o técnico Paulo Autuori escalará uma equipe ofensiva. Ainda mais sabendo que o adversário não tem outra alternativa senão partir para o tudo ou nada.
Desta forma, podendo ainda perder por dois gols de diferença para ser campeão, o Rubro-Negro deve atuar um pouco mais defensivo, explorando os contra-ataques para matar a partida. Com isso, Otávio e Jadson, normalmente elementos-surpresas no esquema de Autuori, devem ficar mais presos à marcação, dando liberdade para os meias e atacantes. Léo e Sidcley pelas laterais terão a missão de segurar os ataques laterais do Coxa e os armadores é que usarão os espaços pelos lados.
Neste pensamento, não seria absurdo cogitar a saída de Nikão dos titulares. Mesmo o camisa 11 sendo um dos destaques do time neste Estadual, vale lembrar que o comandante rubro-negro não tem medo de arriscar. Nikão não é o armador mais rápido do elenco e, assim, pode dar lugar ao retorno de Marcos Guilherme, que jogaria de um lado e do outro Ewandro seria mantido no time, com Walter sendo o homem de referência.
Pelo lado verde e branco, o técnico Gilson Kleina ainda aguarda os retornos do lateral-direito Ceará e do meia Juan. Mas, independentemente de os dois jogarem ou não, alguma reformulação o treinador terá que fazer. E é possível que Leandro ganhe uma oportunidade, fazendo a função de Juan, caso não jogue, ou então substituindo Vinícius, que não foi bem.
O treinador, mesmo precisando de um placar extremamente elástico, não vai se expor, pelo menos logo de início, e correr o risco de sofrer um gol logo de cara e desanimar o time para o restante do confronto. Por isso, deve manter o esquema com dois volantes (Alan Santos e João Paulo). Mas pode liberar mais os dois, para fazer uma pressão numérica em cima de um retrancado Atlético.
Sem a necessidade extrema de marcar, Carlinhos pode ser uma válvula de escape pela esquerda, com Ceará ajudando a defesa. Assim, Carlinhos e Negueba apoiariam pelos lados, com Kléber centralizado no ataque e Leandro e Juan um pouco mais atrás, tendo ainda como opções os volantes.
Neste desenho tático, surigiram os espaços para o Furacão abusar da velocidade e explorar os contra-ataques. Mas é o risco necessário para ainda ser campeão. Assim como Autuori terá que quebrar a cabeça para achar um espaço em meio a tanta pressão, Kleinaterá que estar preparado para a defesa agir rapidamente.