Ultimamente, quando um time surpreende o outro dentro de campo e consegue uma boa vitória, falam que um treinador de um ‘nó tático’ no outro. Na vitória do Atlético por 3×0 sobre o Coritiba, no último domingo (1), podemos dizer que foi exatamente isso que aconteceu. O técnico Paulo Autuori ousou na escalação ao fazer mais mudanças do que o previsto e as novidades deram conta do recado.
Ao colocar em campo o volante Hernani e o atacante Ewandro, Autuori deixou o Furacão mais ofensivo e jogando mais pelo meio-campo. Embora marque menos que o até então titular Jadson, Hernani tem uma boa saída de bola, no mesmo estilo de Otávio, que estava suspenso e deu lugar a Deivid. De certa forma, com a entrada dos dois volantes, o comandante rubro-negro reforçou a marcação e tinha mais espaço para a construção das jogadas, pegando o Coxa de surpresa.
Além disso, Autuori explorou os desfalques do adversário. Sem o lateral-direito Ceará e os meias Dudu e Juan, o técnico Gilson Kleina apostou em Reginaldo, Thiago Lopes e Vinícius, que não repetiram o desempenho dos titulares. Inclusive, foi pelo lado direito da defesa coxa-branca que o Atlético ganhou a maioria das jogadas com Ewandro. O meia-atacante, que foi escalado justamente para explorar o setor aproveitou os espaços para criar algumas jogadas.
Do outro lado, o Coritiba, mesmo escalado no 4-3-3, atuou de maneira mais defensiva. Querendo explorar os contra-ataques, o Coxa chamou o rival para o campo de defesa, mas quando tinha a posse de bola não achava espaços para fazer a bola chegar lá na frente, por estar numericamente inferior ao adversário. Enquanto os laterais do Atlético seguravam Negueba e Vinícius, Thiago Lopes não vencia Deivid e Kléber, isolado lá na frente, se tornava presa fácil para a defesa.
Para o jogo de volta, no Couto Pereira, dificilmente as duas equipes irão repetir a mesma formação. O Coxa vai querer surpreender o rival para buscar a vitória, enquanto o Furacão tentará achar outra forma de segurar os donos da casa. Mais um embate tático à vista.
