Ana Sátila disputa Mundial de Canoagem Slalom no mesmo palco que a revelou

A canoísta Ana Sátila está de volta à pista que a mostrou para o mundo nos Jogos de Londres. Na ocasião, com apenas 16 anos e caçula da delegação brasileira na Olimpíada, ela remou apenas para ganhar experiência. Agora, ainda jovem porém mais madura, é um dos principais nomes do Brasil no Mundial de Canoagem Slalom, que começa nesta quarta-feira, na Inglaterra. A garota vai competir no K1 e C1 (que não é olímpico) e tem como objetivo chegar à final para ficar entre as dez melhores.

“Meu objetivo é passar para final no K1 ou C1. Uma final em Mundial é muito difícil, mas levando em consideração que eu fiquei em 11.ª em poucos milésimos de chegar entre as dez melhores no último Mundial, e recentemente fiz final na (etapa de Copa do Mundo da) França, aumenta muito a expectativa de chegar longe”, explica a garota, que tem ótimas lembranças do local. “É bom reviver tudo aquilo que já passei. Quando vim para Londres eu era muito jovem, tinha 16 anos, conquistei a vaga com 15, e foi uma ótima experiência. Eu amei, os Jogos Olímpicos são excepcionais.”

Ela é o principal expoente da canoagem slalom do País, que está em Londres com mais dez atletas, todos do masculino: Pedro Gonçalves, Ricardo Taques e Fábio Scchena (K1 masculino), Felipe Borges, Leonardo Curcel e Thiago Serra (C1 masculino), e Charles Corrêa/Anderson Oliveira e Rafael Souza/Pedro Aversa (C2 masculino).

“Agora, depois de tantas etapas da Copa do Mundo, com final e semifinal, não só eu mas a equipe do Brasil está bem preparada. A gente está fazendo uma preparação muito intensa em Londres, é a prova mais importante no ano, é onde estão os melhores, e estou muito confiante”, explica Ana Sátila.

A atleta lembra que o Brasil já tem vaga olímpica em todas as categorias, e que uma seletiva interna no próximo ano definirá quem serão os canoístas que representarão o País no Rio. Mas para os estrangeiros, o Mundial vale muito, pois são representantes de 61 países atrás de 56 vagas para os Jogos do Rio. “A gente já tinha vindo antes para Londres nesta temporada, quando começamos as Copas do Mundo. É sempre bom remar aqui”, comenta.

Ana Sátila aponta em sua categoria alguns países que estão em um nível acima, como Alemanha, Grã-Bretanha e Austrália, da excelente Jessica Fox. “Ela é um fenômeno. Numa final sempre tem surpresa, mas as mesmas sempre chegam longe”, diz.

A brasileira só lamenta a demora nas obras do local onde serão os Jogos de 2016 e elogia o Lee Valley Water Stadium. “Aqui em Londres a pista estava preparada muito tempo antes, os atletas daqui aproveitaram e tiveram vantagem muito grande na Olimpíada de 2012. Mas agora não tem do que reclamar, já está feito, precisamos ter pensamento positivo e nos preparar quando estiver finalizada.”

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