Ana Cláudia Lemos voou baixo na pista do Estádio do Mangueirão, em Belém, que recebeu a disputa do GP Brasil de Atletismo. A velocista de 24 anos bateu o recorde sul-americano mais uma vez ao vencer os 100 metros rasos com o tempo de 11s05, aproximando-se cada vez mais de ser a primeira mulher da América do Sul a correr na casa dos 10 segundos.

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“Eu estou muito, mas muito feliz. Quero agradecer o trabalho do (Katsuhico) Nakaya (seu técnico), que está conseguindo corrigir meus problemas. E eu estava esperando uma marca ainda melhor”, disse a atleta, que enfrentou o calor e a umidade de quase 80% da capital paraense.

 

Este é o segundo recorde sul-americano da velocista em uma semana. No sábado passado, em um torneio em Campinas, a velocista alcançou o índice para o Mundial de Moscou com a marca de 11s13, melhorando em dois centésimos a marca continental que ela havia conquistado em setembro de 2010.

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No mesmo torneio em São Paulo, Ana Cláudia correu a semifinal e venceu a distância em 10s93, mas o tempo não é oficialmente reconhecido por ter sido conquistado com o vento acima do permitido.

 

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O pódio dos 100 metros feminino foi completado pelas americanas Mikele Barber (segunda colocada, com 11s15) e Chauntae Bayne (terceira, 11s18). Mas a quarta colocada, Rosângela Santos, foi uma das que mais comemorou, com o resultado de 11s23.

 

A velocista carioca ficou muito perto de sua marca pessoal (11s17) após passar um ano difícil. “Eu quase estava falando para o meu técnico que iria desistir desse ano e deixar ir alguém melhor brigar pela vaga em Moscou”.

 

Rosângela passou por problemas familiares e físicos, e sofreu com a extinção do Time Rio, projeto municipal que dava auxílio financeiro aos atletas da cidade olímpica. “Hoje era a minha última chance de salvar a temporada, e agora vou treinar com tudo para conseguir o índice (11s17).”