O América de Natal viu um de seus adversários diretos na luta contra o rebaixamento abrir sete pontos de vantagem. Na capital potiguar, o Náutico meteu cinco gols e afundou de vez o adversário. A crise instalou-se de vez no time vermelho de Natal pois metade da equipe não recebeu o mês de junho e o presidente do Conselho Deliberativo, José Rocha, adiantou que o clube deverá ter reuniões duras na semana que vem.

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"Não perdemos três pontos e sim seis pontos… Falta qualidade a alguns jogadores. Ou muda alguns jogadores, ou muda outra coisa", lamentou o técnico Marcelo Veiga.

Para quem precisa vencer, o time de Natal apresentou um primeiro tempo fraquíssimo. Tomou a iniciativa no começo do jogo, mas foi sufocado pela marcação do Náutico a partir dos 15 minutos iniciais. Os pernambucanos aniquilaram os sonhos da equipe natalense, com sorte em alguns momentos e competência no segundo tempo.

O time de Marcelo Veiga sequer conseguiu pressionar uma equipe de nível similar, que foi para o vestiário com dois gols de vantagem. Gols com a marca do bate-cabeça que virou o esquema de jogo do América, dois zagueiros que se atrapalharam com a bola e um gol quase sem querer do Náutico, aos 47.

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De bom no time da casa, só a triangulação entre Souza, Paulo Isidoro e Arlon, em ataque veloz do América, aos 7 minutos. Arlon tentou de pé esquerdo, que não é o seu forte, e desperdiçou o melhor lance da equipe no primeiro tempo.

Depois, só deu Náutico. Aos 17 minutos, Renê esticou-se todo para mandar uma bola cheia de efeito, na falta cobrada pelo volante camisa 8, Radamés. Nos dois ataques posteriores, o Náutico por pouco não abriu o placar em cabeçadas de Marcelo Silva e Felipe.

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De tanto perturbar os anfitriões, o time pernambucano abriu o marcador aos 34 minutos. Em cruzamento despretensioso do Náutico Felipe levantou na área e o goleiro Renê não saiu para pegar a bola. Na confusão, o zagueiro Carlos Eduardo jogou contra o patrimônio. Foi o segundo gol contra de um zagueiro americano na Série A, repetindo a falta de sorte contra o São Paulo no domingo passado. Carlos Eduardo jura que o gol contra foi do companheiro de zaga, Rogélio, que subiu com ele na jogada.

Radamés tentou fazer o dele aos 40 minutos. De pé esquerdo, buscou meter no canto direito de Renê, que conseguiu desviar para a linha de fundo. E justamente o melhor jogador do time Timbu na etapa inicial, Radamés, de tanto tentar, fez o segundo gol do jogo. Cobrou outra falta tipo cruzamento aos 47 e teve sorte. A bola passou entre as pernas de Adãozinho e enganou Renê.

No segundo tempo, os donos da casa partiram com tudo para cima do Náutico, mas de forma atrapalhada e sem imaginação.

Outro duro golpe dos pernambucanos veio aos 12 minutos, quando o atrapalhado zagueiro Carlos Eduardo aprontou outra, deixando a bola nos pés de Marcelo Silva. O meia dos visitantes tocou para Felipe, que na saída de Renê soltou um chute forte rasteiro, afundando o América de vez: 3 a 0.

Quando não se esperava mais a reação de um batido América, o time diminuiu aos 19, com Carlos Eduardo. Depois de falta cobrada por Adãozinho, que Eduardo defendeu com o pé esquerdo, a sobra ficou para o zagueiro americano e o time de Natal fez seu primeiro gol.

A pancada decisiva desferida pelo time dos Aflitos, aos 29 minutos, pôs uma pedra sobre uma reação mais vigorosa do América. De pé em pé, a bola chegou ao atacante Ferreira. Ele não aproveitou, mas o lateral direito Sidny foi esperto e mandou uma bomba a meia altura. Renê viu a bola entrar no gol a sua direita.

O tiro de misericórdia foi obra de Marcelinho, que entrou sozinho pela defesa americana e tocou diante de Renê.