O atacante brasileiro Amauri contou que ele e sua esposa Cynthia foram vítimas de racismo na Itália. “Também aconteceu comigo. Faz algum tempo, em uma loja me acusaram de ter tentado roubar uma baguete de pães”, declarou o jogador da Juventus em entrevista à revista semanal Gioia.

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“Eu estava apoiando [a baguete] sobre uma plataforma perto da saída, a porta automática se abriu e a dona queria chamar a polícia. Eu não havia feito nada, simplesmente era estrangeiro e não falava um italiano perfeito”, afirmou. Amauri disse que respondeu imediatamente. “Chame [a polícia] e depois a denuncio por racismo. Eu sou mais italiano que você e talvez um dia represente o seu país”.

Amauri estuda a possibilidade de jogar pela seleção italiana e o técnico Marcello Lippi já disse que tomará uma decisão sobre uma possível convocação quando o atacante retirar o passaporte italiano. Dunga, técnico da seleção brasileira, chamou Amauri para substituir Luís Fabiano no amistoso contra a Itália, mas a Juventus não liberou o jogador, já que a convocação foi feita fora do prazo.

Amauri pretende solicitar a cidadania italiana depois que sua esposa Cynthia obtê-la. Para ela, o racismo é uma exceção na Itália, “mas são episódios pelos quais se sente mal”.

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Ela ainda revelou que muitas vezes lhe disseram para fazer compras em locais mais baratos. “Quando voltava para casa e a encontrava mal-humorada, já sabia o motivo”, disse Amauri, que está na Itália desde 2001 e já atuou por Chievo e Palermo, antes de se transferir para a Juventus em 2008.