O diretor de futebol do Corinthians, Roberto de Andrade, não mediu as palavras nesta quinta-feira e atacou o paraguaio Carlos Amarilla, o criticado árbitro da partida contra o Boca Juniors, na noite de quarta, pela Copa Libertadores. Para o dirigente, o juiz teve atuação premeditada, sob “encomenda”, para beneficiar o time argentino: “Devia estar preso”.

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“O Amarilla devia estar preso, mas conseguiu escapar ontem antes que alguém o prendesse”, disparou o dirigente, em entrevista à Rádio Globo. “Ele chegou ao Brasil para apitar esse jogo com uma encomenda e ele a devolveu certinho, do jeito que pediram para ele fazer, para tirar o Corinthians da Libertadores. É assim que funcionam as coisas no futebol, infelizmente”, disse Andrade, que chegou a ocupar a presidência do clube de forma provisória, no ano passado.

“Pode escrever com todas as palavras o que eu estou falando. Ele veio para fazer o que ele fez. Não foi circunstância do jogo, circunstância do jogo é muito diferente do que ele fez. Não só nos erros, mas na atitude junto aos jogadores. Ele estava mal intencionado. Não existe dúvida”, reforçou o dirigente.

Andrade, porém, não soube apontar supostos interessados em prejudicar o Corinthians na Libertadores. “Aí é que é a grande dúvida. Garanto que ele não tem interesse pessoal nenhum. Qual é o interesse dele? Ele veio a mando de alguém, só não sei responder de quem. Se soubesse não iria poupar”, disse ao apontar “coisas nebulosas na Conmebol”.

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“Há coisas que são nebulosas nas confederações, tanto na nacional quanto na sul-americana que não consegue responder quais são os interesses”, declarou. “A única coisa que pode falar é mostrar toda a indignação com todo o sistema falido que é esse futebol sul americano e brasileiro e paulista também.”

Irritado, Andrade chegou a ameaçar fisicamente o árbitro paraguaio. “É um absurdo. Eu detesto violência, mas tem hora que parece que não resta outra coisa a fazer a não ser bater na cara dele. Porque não se faz isso com um homem, mas merecia, porque não sobrou outra coisa fazer. Falar, nada resolve.”

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Por fim, o diretor de futebol ainda levantou suspeitas sobre a boa campanha do Atlético Mineiro na competição, ao ser perguntado sobre o relacionamento do Corinthians com a Conmebol. Ele questionou a escalação de um árbitro estrangeiro para a partida entre Atlético e São Paulo.

O juiz de outro país teria sido escalado a pedido do presidente do clube mineiro, Alexandre Kalil. “Eu não sei se o Kalil foi atendido. Se foi, sorte dele. Quem sabe é a vez dele de ser campeão sul-americano. Pode ser que seja a vez dele. Não era a vez do Corinthians”, afirmou.