Alviverdes com recorde e “olé”

Eletrizante. A participação das torcidas durante todo o jogo acompanhou o ritmo da partida e deu ao jogo ares de um verdadeiro espetáculo de futebol. Nem o feriado de Páscoa, nem o clima instável afastaram o torcedor do estádio e o Couto Pereira recebeu 30.169 torcedores (público pagante de 27.976) batendo o recorde de público do campeonato paranaense, já que a Arena poderá receber, no máximo, 25.231 torcedores.

A festa da torcida começou muito antes do apito inicial do árbitro Héber Roberto Lopes. Com a abertura dos portões às 15h, os arredores do Couto Pereira já se pintavam de verde e branco. Pelo lado da rua Floriano Essenfelder, atleticanos, naturalmente em menor número em função da carga de ingressos, chegavam em busca do melhor lugar para assistir ao clássico – os 3.700 ingressos para os atleticanos, vendidos exclusivamente na Arena da Baixada, se esgotaram pouco antes do almoço.

Com o estádio lotado, como há algum tempo não se via, a torcida alviverde comemorou primeiro. Não exatamente um gol, mas uma ocorrência que foi determinante no resultado final do jogo. Aos 17 minutos, o volante Vânderson deu uma cotovelada em Rodrigo Batatinha e foi expulso. A euforia da torcida coxa foi tanta que as arquibancadas trepidaram. Festiva como sempre, a fanática torcida atleticana não ficava atrás. Mesmo em número infinitamente menor, o barulho dos atleticanos era de arrepiar, mas foi engolida pelos coxas no primeiro gol alviverde, aos 33 minutos, marcado por Aristizábal. Quando a rede balançou, a torcida apagou da memória os gols perdidos na partida contra o Olímpia, válida pela Libertadores da América, disputada na última terça-feira.

A resposta atleticana veio no segundo tempo. Fazendo as vezes do 11.º jogador do time – já que em campo o Furacão tinha apenas 10 – os rubro-negros foram à loucura aos 16 minutos, quando Igor empatou o jogo. Na empolgação da comemoração, houve um princípio de confusão, com a queda de alguns tijolos de uma parede de isolamento de obras na parte inferior das arquibancadas destinadas aos atleticanos. “Caíram alguns tijolos e por pouco não saiu ninguém machucado. O Crea deveria fazer uma visita ao Couto Pereira”, exigiu o torcedor Marcos Munhoz da Rocha. Entretanto, o subcomandante da operação de policiamento, capitão Dabul, garantiu que a administração logo resolveu o problema. “Houve o isolamento da área e ninguém se machucou.”

No lado coxa, a alegria se completou com o golaço de Luís Mário, ao 29 minutos, que incendiou em definitivo o Couto Pereira. Com o resultado nas mãos do Coxa, a torcida atleticana passou a vibrar com as espetaculares defesas do goleiro Diego, disparado, o melhor em campo. E teve que deixar o estádio escutando os gritos empolgados de “olé” da torcida coxa-branca. Agora, é esperar até a grande decisão no domingo para se saber qual torcida vai comemorar por último.

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