Há uma semana no comando do futebol do Paraná, Aluízio José Ferreira ainda não tem muito para contar sobre seu novo trabalho. Presidente interino da Federação Paranaense de Futebol (FPF), ele está se adaptando à nova função na entidade, dirigida nos últimos 22 anos por Onaireves Moura.
Nos primeiros sete dias, Ferreira aproveitou para conhecer o tamanho do desafio que enfrentará ao longo dos próximos dois meses. Para isso percorre todos os dias cerca de 250 km. ?Trabalho de manhã em Ponta Grossa e venho à tarde para Curitiba?, revela.
A presidência da FPF ?caiu no colo? do dirigente na semana passada, quando Moura anunciou seu afastamento por 60 dias. ?Por enquanto, estou tomando conhecimento de como funcionam os processos administrativos. Eu já tinha uma noção, mas agora é muito mais amplo?, diz o ex-presidente da liga amadora de Ponta Grossa.
A mudança de comando, mesmo repentina, não comprometeu o funcionamento da FPF.
?A máquina já está formada. Só muda o piloto?, afirma Ferreira. Competições, registro de atletas e demais atividades de rotina não foram afetados, garante.
Os preparativos para o Paranaense 2008 também continuam. ?Na semana que vem, teremos reuniões com duas redes de tevê que querem comprar o campeonato?, aguarda. A RPC, retransmissora da Rede Globo, e a RIC, afiliada da Record, disputam o direito de transmitir os jogos do estadual.
O que cessou completamente, garante Ferreira, é a interferência de Moura nos assuntos da FPF.
?Ele está totalmente afastado. Não apareceu aqui nesses dias, nem conversamos?, afirma.
Validade
Se não houver nenhuma reviravolta, Ferreira continua na presidência da FPF até o dia 28 de julho. É quando se encerra o período de afastamento pedido por Moura. Suspenso pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por seis anos e dois meses, o ex-presidente não poderá voltar ao cargo e um novo nome será apontado para comandar a entidade.
Ferreira explica que o estatuto da FPF determina que os vice-presidentes têm a tarefa de decidir quem será o novo mandatário. ?Vamos nos reunir e fazer a escolha.
A princípio, todos os vices são candidatos?, explica.
Todos, inclusive o próprio Ferreira, que tem como colegas Lino Roberto Soares Rodrigues, Jorge Dib Sobrinho, Aristides Mossambani e Adroaldo Mário Araújo. Perguntado se teria interesse em continuar no lugar deixado por Moura, ele sorri e desconversa. ?O que estou pensando é em fazer a minha parte, da melhor maneira possível. Quero levar as coisas bem certinhas, para quem assumir depois possa aproveitar?, conclui.
Pinheirão
A principal tarefa de Ferreira nos próximos dias é tentar reabrir o Pinheirão, interditado pela Justiça logo em seu primeiro dia à frente da entidade.
A FPF entrou com um pedido de Agravo de Instrumento no Tribunal de Justiça (TJ) para reabrir o estádio.
