Quem viu verdadeiros tapetes pela tevê durante a Copa da Alemanha não terá do que se queixar do gramado do Couto Pereira. O piso está novamente entre os melhores do mundo e não faria feio se estivesse também no mundial. Tudo graças à parada de 40 dias na Série B. O tempo foi suficiente para aumentar a drenagem, colocar sementes de inverno e uma camada fina de areia e aprimorar o corte sem interferências dos treinadores. Os jogadores, satisfeitos, agradecem.
?O gramado está muito bom e vai ficar melhor ainda no final de julho, quando a nova grama atingir a sua plenitude?, diz o engenheiro florestal Osmar Nechi, da Grasstecno, empresa responsável pelo gramado do Alviverde. De acordo com ele, essa parada com o futebol caiu como uma luva para que fosse possível a recuperação dos pontos falhos. ?Ampliamos a drenagem em 500 metros em frente à área social, semeamos a grama de inverno (rye grass) e estamos mantendo um corte sem interferência do técnico?, revela Nechi.
Pois é, isso mesmo. Segundo ele, tanto Márcio Araújo quanto Estevam Soares metiam o bedelho no piso. ?Quando perdiam o jogo, a culpa era da grama. Mas, depois dos problemas na partida contra o Guarani, o presidente Giovani Gionédis deu liberdade para fazermos como deve ser feito?, destaca. Cada treinador queria um tipo de corte conforme o jogo.
Quando se deram conta, a grama começou a crescer de maneira disforme e gerou tufos, que atrapalharam o andamento de alguns jogos. O treinador atual, Paulo Bonamigo, entendeu a situação e vai usar o Couto para treinos apenas uma vez por semana.
?De gramado, ninguém vai poder reclamar. Um treino técnico e um coletivo por semana sem o uso de travas altas podem ser feitos sem problema nenhum?, garante. Com tudo de volta ao normal, basta fazer a manutenção.
?O gramado está em plenas condições de jogo. Não está 100% ainda, mas para os padrões do Brasil e de Curitiba está muito bom?, diz. Melhor para os jogadores, que precisam de um piso bom para jogar da melhor maneira possível.
?O gramado é tudo. Nós também não podemos culpar sempre o gramado, mas uma grama em que você possa tocar bem a bola é fundamental?, opina o volante Paulo Miranda. A mesma opinião tem o zagueiro Índio. ?No início da competição, o Couto estava muito bom, mas foi ficando duro e criando buracos e isso dificultou para nós. Com a recuperação, vamos poder apresentar um bom futebol e não podemos mais dar desculpas?, finaliza o defensor.
Bona pode mudar esquema tático contra o Paulista Com três jogadores suspensos, o técnico Paulo Bonamigo deverá mudar o esquema tático para enfrentar o Paulista, sábado, às 16h, no Couto Pereira. Na partida contra o CRB, o zagueiro Índio, o volante Márcio Egídio e o atacante Alberto tomaram o terceiro cartão amarelo e desfalcam o Alviverde no primeiro jogo em casa após o recesso para a Copa do Mundo. A tendência é de que o volante Peruíbe, o meia Cristian e o atacante Jéfferson entrem na equipe. A definição deve acontecer após o coletivo de hoje à tarde no Alto da Glória.
De acordo com o treinador coxa, os zagueiros tiveram um bom aproveitamento individual no confronto de terça-feira contra os alagoanos, mas o posicionamento e a marcação do time não funcionaram a contento. Por isso, Bonamigo deverá trabalhar mais esses pontos antes de pegar o Paulista. O problema é a ausência de três titulares. Como não há muitas opções para a zaga, ele poderá trocar o 3-5-2 pelo 4-4-2 e deixar o time mais criativo no meio-campo, com mais um meia.
Se essa opção for a preferida, Peruíbe, Cristian e Jéfferson poderão ganhar a titularidade. Caso contrário, o zagueiro Douglas reapareceria como titular, com Cristian na meia e Caio no ataque e o 3-5-2 seria mantido. Correndo por fora, para o lugar de Alberto, está o atacante William, que se recuperou de uma fratura no pé direito, mas ainda está retomando o condicionamento físico. O restante da equipe não deverá ser alterado. (RS)