Finalmente, viu-se clima de Libertadores em Curitiba. Com a chegada da delegação do Olimpia e a vistoria da Conmebol no Couto Pereira, o Coritiba entrou de vez na rota do mais importante torneio interclubes do continente. Ildo Nejar, delegado do jogo – e um dos ?decanos? da entidade – aprovou o estádio alviverde para a primeira partida oficial internacional do Alto da Glória em dezoito anos.
O dirigente histórico do América do Rio está há quase trinta anos na Confederação Sul-Americana, e hoje é um dos titulares do departamento técnico da Conmebol. Segundo ele, a vistoria é feita sempre nas vésperas dos primeiros jogos. “Por isso estou aqui. Mas sabia que as coisas estavam muito tranqüilas no estádio do Coritiba”, comenta o dirigente.
A ligação de Nejar com o Coritiba é antiga. Ele era amigo do ex-presidente coxa Evangelino da Costa Neves, fazendo parte da ?turma carioca?, que tinha como líder o (já falecido) diretor da CBD Mozart di Giorgio. Outro amigo é o jornalista da Tribuna Vinícius Coelho, que foi recepcionar o dirigente. “Ter uma referência como o Vinícius é muito bom para o Paraná”, elogia.
Na vistoria, Ildo Nejar foi acompanhado pelo presidente Giovani Gionédis e pelo secretário André Ribeiro. Ele conheceu todo o estádio, avaliou as obras que são realizadas na entrada das cadeiras inferiores, e liberou todo o estádio. “As obras estão sendo feitas de forma que não atrapalham o acesso dos torcedores e a segurança do jogo”, justifica o diretor da Conmebol.
Entre as obras já concluídas estão o novo acesso ao campo para jornalistas e diretores (bem distante do túnel central, que passa a ser exclusivo da arbitragem) e o camarote para os visitantes, que fica junto ao espaço reservado à torcida adversária. “É um lugar seguro, com todas as garantias e todo o conforto possível”, resume o vice-presidente Domingos Moro.
Obras
A diretoria coxa planeja inaugurar em outubro a nova área comum das cadeiras. Estão sendo construídos os novos camarotes, uma nova praça de alimentação, o Memorial do clube e um espaço para um grande restaurante. “É uma obra grande, que só poderia ser feita com a ajuda da iniciativa privada”, diz o presidente Giovani Gionédis. O custo aproximado é de um milhão de reais.
Nova camisa, mas sem novidades
Para completar a agitada tarde de segunda no Alto da Glória, foi lançada ontem a nova camisa do Coritiba. A oficial (número 1) não tem nenhuma modificação estética, permanecendo a mais fiel possível às tradições do clube. Mas a camisa dois, consagrada como a que ?conquistou? o título brasileiro de 85, sofre novas mudanças.
Agora, ela possui listras verticais brancas finas e verdes mais grossas em relação ao uniforme do ano passado. Mas a grande modificação das camisas é tecnológica: segundo a fabricante, elas têm um tecido “inteligente”, que possui “textura macia, excelente caimento, alta capacidade de absorção e secagem rápida”, como informa o texto de apresentação da nova camisa.
Além disso, foram lançadas roupas alusivas à disputa da Libertadores – dois modelos de camisa e um agasalho, com ilustrações oficiais do torneio continental. Até a metade do ano, será lançada a versão 2004 da camisa comemorativa do centenário do Coritiba, que completa 95 anos em 12 de outubro.