Alpinista italiano é resgatado após avalanche no K2

O alpinista italiano Marco Confortola, último sobrevivente da avalanche de neve que matou pelo menos 11 montanhistas no K2, o segundo pico mais alto pico do mundo, foi socorrido e levado ao acampamento-base, a cerca de 5.200 metros de altitude. “Agora eu percebo que todo mundo ali morreu”, disse Confortola, de 37 anos depois do resgate. Ele ficou preso na montanha de 8.610 metros de altura depois de um deslizamento de gelo e neve quatro dias atrás.

Três alpinistas sul-coreanos, dois nepaleses, dois paquistaneses um sérvio, um irlandês, um norueguês e um francês morreram na avalanche ocorrida na última sexta-feira. Outros dois sobreviventes, ambos holandeses, foram resgatados ontem. Wilco van Rooijen e Cas Van de Gevel foram levados a hospitais em Skardu, no norte do Paquistão. O italiano deve ser levado para o mesmo local.

Confortola começou a receber tratamento médico já no acampamento mas ainda não pôde ser levado a um hospital por causa do mau tempo. “Estou feliz por estar vivo”, disse ele por telefone ao Everest-K2-CNR, um grupo italiano de pesquisas científicas em altas altitudes. “Agora eu só quero tirar meus sapatos. Meus pés estão extremamente doloridos”, prosseguiu ele.

Francesca Steffanoni, porta-voz do grupo de pesquisa, disse que o alpinista foi examinado por um médico americano e apresenta boa condição de saúde, apesar de seus dedos do pé estarem congelados.

Autoridades paquistaneses informaram hoje que pretendem investigar o incidente. “Não podemos ficar apenas olhando. Esse acidente é um acontecimento muito triste e desastrosa em nossa história de montanhismo”, disse Shahzad Qaiser, um alto funcionário do Ministério do Turismo.

O K2, na fronteira do Paquistão com a China, é considerado mais desafiador do que o Monte Everest, apesar de não ser tão alto. O K2 é mais íngreme, rochoso e propenso a mudanças climáticas repentinas.

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