Fernando Alonso ganhou um presente, no sábado, e no domingo aproveitou bem o regalo para disparar na liderança do Mundial de F1. O espanhol foi beneficiado por uma controversa decisão da FIA, que tirou a pole de Michael Schumacher, em Mônaco, e jogou o alemão para a última posição do grid. O ferrarista foi acusado de ter parado seu carro de propósito, no treino, para atrapalhar a volta do rival da Renault.
Schumacher alegou inocência, disse apenas que cometeu um erro na curva Rascasse, e a equipe protestou com veemência no sábado à noite, dizendo que abriu-se um ?precedente perigoso? porque a FIA agora ?pretende proibir os pilotos de cometerem erros.? De acordo com o time, os comissários ?assumiram que ele foi culpado sem nenhuma evidência?.
Largando dos boxes, Schumacher não teve a menor chance de lutar pela vitória. Mesmo assim, lutou a corrida toda e terminou em quinto. Foi o piloto que fez mais ultrapassagens na prova (dez, sobre nove pilotos diferentes), valeu-se de cinco abandonos à sua frente e ganhou duas posições nos boxes.
Lá na frente, Alonso só teve de se preocupar com Kimi Raikkonen, que não desgrudou dele um segundo sequer. Os dois tinham estratégia de duas paradas, e Kimi, após o primeiro pit stop, colocou gasolina bastante para, segundo a McLaren, ficar na pista sete voltas mais do que Fernando. Mas o superaquecimento de um defletor sobre o escapamento causou um princípio de incêndio e ele abandonou.
Aí as coisas ficaram muito fáceis para Alonso, que chegou à sua quarta vitória em sete etapas do campeonato. Foi a 64 pontos e abriu 21 sobre Schumacher. ?A gente sabe que a chave para ser campeão é tentar sempre chegar ao pódio, e já são sete em sete corridas?, disse Fernando.