O carro está longe de ser o melhor que já teve nas mãos. Ainda assim, Fernando Alonso vive sua melhor fase desde que chegou à Ferrari, no início da temporada de 2010.
A vitória épica em Valência, há duas semanas, depois de ter largado da 11ª posição no grid, não só o transformou no primeiro piloto a ter triunfado duas vezes nesta temporada como o ainda fez disparar na liderança do Mundial.
Nas duas temporadas anteriores que disputou pela escuderia de Maranello, Alonso nunca havia estado em posição tão confortável no campeonato como agora, com 20 pontos de folga sobre Mark Webber, segundo na tabela.
Em seu ano de estreia, após oito etapas, o espanhol era o quarto na classificação. Tinha 94 pontos contra 109 de Lewis Hamilton, o então líder. Àquela altura, Alonso havia vencido uma vez e ido ao pódio em três ocasiões.
Na temporada passada, sua situação era ainda pior. O ferrarista chegou para a nona corrida do Mundial em quinto na classificação, com 87 pontos conquistados, 99 a menos que Sebastian Vettel, que liderava o campeonato.
Apesar de já ter subido duas vezes no pódio, ainda não tinha vencido nenhum GP.
Neste ano, além das duas vitórias que já conquistou, Alonso chegou outras duas vezes entre os três primeiros colocados. É ainda o único piloto a ter marcado pontos em todas as etapas em 2012, mesmo não tendo o melhor carro do grid reconhecidamente. O desempenho surpreende até o próprio piloto.
“Honestamente não imaginávamos estar nesta posição porque, apesar de ser ótimo estar na liderança do campeonato, por outro lado sabemos que há equipes melhores que a gente e precisamos diminuir a diferença se quisermos lutar pelo título”, disse o espanhol em Silverstone.
Amanhã, às 9h (de Brasília), Alonso tenta a primeira pole do ano na sessão que define o grid do GP da Inglaterra de F-1 -a última vez que uma Ferrari largou em primeiro, aliás, foi no GP de Cingapura de 2010.
Mas apesar da posição relativamente confortável em que se encontra no campeonato, Alonso diz que ainda há muito trabalho a ser feito.
“Estamos na nona corrida de 20 e é claro que pontos são importantes, mas eu diria que nossa prioridade agora é melhorar o carro. Desde a abertura, na Austrália, recuperamos algo como um segundo e meio, mas ainda precisamos fazer mais”, completou.