Como já aconteceu em anos anteriores, o GP da Bélgica de Fórmula 1 teve um acidente logo na primeira curva, bem fechada à direita, do circuito de Spa-Francorchamps. Desta vez, neste domingo, logo após a largada, o carro de Fernando Alonso, da McLaren, voou após ser tocado por trás. A confusão foi causada pelo alemão Nico Hulkenberg, da Renault, que perdeu a freada e tocou o carro do espanhol.
Alonso não conseguiu segurar a sua Mclaren e voou por cima da Sauber do francês Charles Leclerc em imagem incrível logo na primeira curva. “Ele jogou boliche com os outros pilotos. Só vi depois nas imagens e graças a Deus tinha o halo que protegeu”, disse o piloto espanhol em entrevista à TV Globo logo após o acidente. Os três pilotos envolvidos deixaram a corrida e o carro de segurança precisou entrar na pista.
Após o término da corrida, os comissários da Fórmula 1 anunciaram um punição para Hulkenberg, que perderá 10 posições no grid de largada do GP da Itália, a próxima etapa da temporada, no circuito de Monza, no domingo que vem.
Antes de receber a punição, Hulkenberg revelou que seu carro não teve qualquer problema antes do acidente. “Não, não tive problema. É simplesmente incrível descobrir na primeira volta como esses carros são sensíveis à aerodinâmica. Quando você tem alguns carros que se amontoam na sua frente, quanta aderência e carga você perde”, afirmou o alemão.
“Eu pisei no freio e, obviamente, eu imediatamente travei as rodas da frente e fui deslizando para Fernando (Alonso). Sim, provavelmente um erro de julgamento da minha parte, um pouco tarde demais nos freios”, acrescentou Hulkenberg.
Mais calmo após o final da corrida, Alonso foi mais duro nas palavras e pediu que os comissários investiguem acidentes assim com mais rigorosidade. “Estou desapontado. Larguei bem e vi algumas possibilidades na primeira curva. Você vai com segurança, freia no ponto certo e aí olha no retrovisor e vê os caras de trás pensando que essa é a última curva do campeonato. Este tipo de erro, nas largadas e com grandes consequências, deveriam ser tratados de forma mais rigorosa”, pediu o espanhol.