Fernando Alonso anunciou nesta terça-feira que vai deixar a McLaren ao fim deste ano e não vai disputar a temporada de 2019 da Fórmula 1. Sem mencionar se um dia pode voltar a competir na categoria, o piloto espanhol divulgou um vídeo de agradecimento intitulado “Querida F-1…”, enquanto que a McLaren publicou uma nota oficial para confirmar a informação.

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“Depois de 17 maravilhosos anos nesse esporte incrível, é hora de eu fazer uma mudança e seguir em frente. Eu desfrutei de cada minuto desse período fantástico e não posso agradecer o suficiente a pessoas que fizeram tudo ser tão especial. Há ainda uma série de Grandes Prêmios para disputar na atual temporada e vou participar deles com mais compromisso e paixão do que nunca. Vamos ver o que o futuro traz. Muitos novos desafios vêm por aí. Estou vivendo um dos momentos mais felizes da minha vida, mas agora preciso explorar novas aventuras”, disse o piloto na nota divulgada pela McLaren.

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Em dois vídeos, um narrado em espanhol e outro em inglês, publicados na conta oficial de Fernando Alonso no Twitter, o piloto comenta, em tom emocionado, a motivação para a decisão. Ele declara o seu amor à Fórmula 1 e aparece vestido com os uniformes de Minardi, Renault, McLaren e Ferrari – equipes que defendeu de 2001 para cá.

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“Tivemos ótimos momentos, alguns esquecíveis e outros muito ruins. Enfrentamos, juntos, grandes rivais. Eu vi você mudar, algumas vezes para o bem e, em minha opinião, para o mal em outras oportunidades. Toda vez que eu vesti o meu capacete, senti seu abraço caloroso e sua energia, com a qual não há comparação”, narrou o piloto, para depois fazer o anúncio.

“Mas, hoje, tenho alguns outros grandes desafios, maiores do que você pode me oferecer. E, neste ano, enquanto ainda piloto no meu melhor nível, é como quero me lembrar de você. Só posso ser grato a você e às pessoas que fazem parte de você, por me introduzir a tantas culturas, tradições, línguas e povos maravilhosos. Por ter sido a minha vida. Eu sei que você me ama. Esteja certo que eu amo você também”, concluiu.

Fernando Alonso estreou na Fórmula 1 em 2001, pela Minardi. No ano seguinte, atuou apenas como piloto de testes da Renault, escuderia que o alçou a titular em 2003 e pela qual o espanhol ganhou os títulos de 2005 e 2006 da categoria. Nos anos seguintes, o bicampeão defendeu a McLaren, voltou à Renault, correu pela Ferrari por quatro anos e retornou à McLaren, onde compete desde 2015.

Em sua carreira na Fórmula 1, o piloto espanhol disputou 303 corridas – são 32 vitórias e 22 poles. Fernando Alonso subiu ao pódio na categoria por 97 vezes.

O mal desempenho da escuderia inglesa, durante três anos com motor Honda e na atual temporada com o fornecimento da Renault, motivou o espanhol a buscar novos desafios. Fernando Alonso disputou a prova das 500 Milhas de Indianápolis pela equipe Andretti, tendência que indica que ele pode se aventurar na Fórmula Indy em 2019. Em 2018, venceu as 24 horas de Le Mans, na França, com o time Toyota Gazoo Racing.

“Fernando não é apenas um embaixador para a McLaren, mas também para a Fórmula 1”, disse o CEO da divisão de corridas da McLaren, Zak Brown, no comunicado emitido pela escuderia inglesa. “Seus 17 anos nesse esporte, como, é possível argumentar, o piloto mais notável da atual geração e indiscutivelmente um dos maiores da história da F-1, adicionaram uma nova marca à rica história da categoria. Há um momento para todos decidirem por uma mudança e nós respeitamos, apesar de acreditar que ele está na melhor forma dele”, completou o executivo.