Aloísio deve voltar ao ataque no domingo

O treinador é novo, mas a base do Atlético é praticamente a mesma deixada pelo antecessor. Ainda assimilando a situação do elenco atual do Rubro-Negro, Evaristo de Macedo manteve o time de Antônio Lopes no primeiro coletivo no CT do Caju, mas já esboça as primeiras mudanças. A principal novidade para o confronto contra o Flamengo deverá ser o atacante Aloísio. A partida contra os cariocas está programada para as 18h10 de domingo, na Arena.

No primeiro trabalho de conjunto sob o comando do novo treinador o que não faltou foi jogador. Dos 45 (e mais um em avaliação) atletas do elenco, 41 estavam aptos a disputar posição, mas Evaristo preferiu não mexer naqueles que vinham jogando. Só não manteve Dênis Marques porque o atacante se envolveu num acidente de trânsito na via rápida do Portão e deu brecha para Aloísio voltar ao time principal após mais de um mês se recuperando de lesão.

?Pode ser essa formação, mas o time ainda não está definido. Mesmo porque tenho que ver a reação dos atletas que estão voltando do departamento médico. Ver como eles se recuperam do esforço feito hoje (ontem)?, ponderou Evaristo. Além de Aloísio no lugar de Dênis, o treinador fez algumas alterações para sentir outras possibilidades. O lateral-esquerdo Marcão cedeu seu lugar para Moreno enquanto André Conceição saiu do time de cima para a entrada de Douglas durante parte do trabalho.

A outra novidade, esta sim muito aguardada pela torcida, será a volta do atacante Dagoberto. No trabalho de ontem, ele figurou entre os reservas e deverá ficar no banco na partida de domingo. O caso dele é o mesmo de Aloísio, porque ambos voltam de contusão e serão melhor avaliados para saber se terão condição de jogo mesmo. Dessa forma, o provável time para domingo terá Diego; Jancarlos, Danilo, Paulo André e Marcão; André Conceição, Cristian, Evandro e Ferreira; Finazzi e Aloísio.

Com a equipe praticamente definida, Evaristo quer trabalhar mais a fundo a cabeça dos atletas. ?Eles estão num momento angustiante?, apontou o treinador. Para ele, as derrotas deixaram o time sem a confiança necessária para superar os obstáculos.

?Eles têm que ganhar uma partida de novo para mostrar aquele espírito vencedor?, finalizou.

Hoje, o trabalho será novamente à tarde no CT do Caju. Enquanto isso, o atacante Lima e o volante Alan Bahia voltam a trabalhar com bola na segunda-feira.

Briga com são-paulinos deixa Petraglia de molho

O presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, pegou 30 dias de suspensão pelo STJD por ter ofendido o zagueiro Alex e o médico José Sanchez, ambos do São Paulo, no dia 20 de agosto, na Arena. Ele havia sido absolvido por unanimidade no primeiro julgamento, dia 6 deste mês, mas acabou levando o gancho na apreciação do recurso. O dirigente rubro-negro estava incurso em dois artigos do CBJD, que poderiam render até 600 dias de afastamento do dia-a-dia do clube.

Transtornado pela contusão do meia Fabrício, atingido pelo jogador do Tricolor paulista, Petraglia desceu até os vestiários para ver a gravidade da lesão e acabou ofendendo Alex e Sanchez de ?bambis assassinos? durante a partida válida pelo Campeonato Brasileiro. Como o clube paulista conseguiu gravar em vídeo a cena, mandou ao STJD, que enquadrou o dirigente nos artigos 186 (ato hostil) e 187 (ofensa moral) do CBJD.

No primeiro julgamento, Alex pegou 4 jogos de suspensão pela expulsão na partida e Petraglia foi absolvido. No julgamento dos recursos, o jogo virou. Enquanto o zagueiro já tinha sido absolvido, o dirigente do Furacão, desta vez, não escapou. ?Foi um julgamento muito complicado. Havia pressão do São Paulo e a visibilidade que o dr. Mário tem. Um auditor declarou que Petraglia é o maior dirigente do sul do país e precisa servir de exemplo?, relatou Domingos Moro, advogado contratado para a defesa.

De acordo com ele, chegou-se até a propor que o dirigente atleticano fosse enquadrado duas vezes no mesmo artigo por ele ter ofendido duas pessoas ao mesmo tempo. Além disso, Moro informou que o julgamento foi paralisado várias vezes para reuniões secretas. Ao final, os auditores acabaram votando por 4 a 2 a favor da punição de 30 dias. ?Dos males, o menor. Eu estou muito chateado porque não gostaria de perder esse processo, que considero o maior da minha vida, tanto que fiz questão de comunicar o meu cliente da decisão antes de falar com outras pessoas?, lamentou.

De prático mesmo, pouca coisa muda na vida do dirigente e do clube. ?Ele pode fazer tudo o que ele faz e para outras coisas precisa de orientação. Ele não pode dar declarações nem representar o clube em atos oficiais?, apontou Moro. Na Arena, Petraglia pode frequentar as áreas destinadas aos torcedores, portanto, não pode frequentar áreas restritas aos jogadores e comissão técnica. Não há mais como reverter essa pena que começa a valer a partir de hoje. Esta é a segunda punição dada ao dirigente pelo STJD. Em 1997, Petraglia foi afastado por 12 meses das atividades do Atlético por contribuir para a campanha política de Ivens Mendes, então diretor de arbitragem da CBF.

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