Escolhido como capitão da seleção brasileira para o amistoso contra a Rússia, nesta sexta-feira, às 13 horas (Brasília), em Moscou, o goleiro Alisson comemorou nesta quinta a honra que terá de primeira vez vestir a braçadeira em uma partida da equipe nacional. Ele será o 15º jogador a assumir este status em 18 confrontos do Brasil sob o comando do técnico Tite, que vem promovendo um rodízio de atletas na função.

continua após a publicidade

Ao comentar o fato, o jogador da Roma exaltou a força do grupo da seleção e elogiou a iniciativa do comandante, que assim vem ajudando a sua equipe a dividir responsabilidade sem a necessidade de eleger um capitão fixo para os jogos.

continua após a publicidade

“Isso que o Tite faz é muito bacana e dá confiança ainda maior e no momento em que tiver de decidir por um capitão, todos estarão preparados. A braçadeira é só uma representação”, afirmou Alisson, em entrevista coletiva no estádio Luzhniki, em Moscou, local do amistoso desta sexta e principal palco da Copa do Mundo de 2018.

continua após a publicidade

E o goleiro vê essa liderança dentro de campo realmente dividida entre vários nomes que podem funcionar como referências aos demais do grupo. “Ser o 15º capitão demonstra a força do grupo, temos vários líderes, vivemos num ambiente muito bom e cada um exerce liderança no dia-a-dia”, destacou Alisson, enfatizando também que “é uma honra receber esta confiança da comissão técnica”. “Trabalhamos muito forte para chegar a este momento, estou muito honrado”, completou.

Ao comentar sobre a escolha de Alisson como capitão para o amistoso desta sexta-feira, Tite enumerou nesta quinta o grande número de opções que possui para exercer este posto na seleção e falou sobre a importância de seguir construindo um grupo forte como um todo visando a Copa de 2018.

“Eu também não penso no jogo final, penso no próximo passo, fazer da melhor maneira possível. Tenho um pouquinho de inteligência de saber que só posso chegar lá na frente se o próximo passo for bem feito. Consolidando como equipe, meu lastro como técnico remete a essa forma. Alisson diz que é uma honra (ser capitão), paralelamente é uma responsabilidade maior. De disciplina, alto nível técnico, sendo que cada um tem uma virtude. O Renato (Augusto) tem a capacidade de falar em termos táticos com muita fluência, ele tem esse domínio. Casemiro, Fernandinho, e outros também. Alguns têm a forma competitiva no comportamento, na forma de ser. Miranda é um. Dani é um. Outros pela história, por terem passado por grandes clubes, pressões, técnicos. Meu sentido de passar a capitania é de orgulho, mas de assumir tua responsabilidade também”, ressaltou Tite, em entrevista coletiva.

LIVRO PARA TODOS – Tite e sua comissão, por sinal, não estão apenas promovendo um rodízio de capitães na seleção para promover o espírito de liderança entre os jogadores. Na última quarta-feira, todos os convocados para os amistosos contra Rússia e Alemanha (adversária de terça-feira, em Berlim) foram presenteados com um livro cujo título é “Liderar com o coração” e foi escrito pelo vitorioso treinador da seleção norte-americana basquete, Mike Krzyzewski, mais conhecido como Coach K.

Krzyzewski levou a equipe nacional da modalidade a títulos olímpicos e mundiais e também fez parte, como auxiliar, da comissão técnica do famoso “Dream Team”, de Michael Jordan, Magic Johnson e outros astros que encantaram o planeta na campanha rumo ao ouro na Olimpíada de Barcelona, em 1992.

Por meio de uma foto publicada em sua rede social, o lateral-esquerdo Marcelo exibiu na última quarta-feira os jogadores sentados em uma grande mesa do hotel onde a seleção está hospedada, em Moscou, e à frente de cada um deles estava um exemplar do livro escrito pelo Coach K.