O técnico Dunga explicou uma das razões da rápida ascensão do goleiro Alisson, que era a terceira opção da seleção brasileira e será titular no amistoso deste domingo contra o Panamá e também na Copa América. Para o treinador, o principal diferencial do arqueiro é pensar como atacante.

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“Tive a oportunidade de trabalhar com ele no Internacional e já o tinha escalado para jogar. “São informações que nós temos, observamos o jogador, os treinamentos. Conversando com o Tinga (ex-jogador do Inter), ele me disse que o Alisson pensava como atacante. Quando ele vai na bola, ele pensa como se estivesse no lugar do atacante, como vai chutar a bola. Comecei a observar. Ele se atira como goleiro, mas tem que pensar como atacante, se vai driblar, chutar na diagonal, tocar por cima. Essa é uma outra postura”, explicou o treinador em entrevista coletiva neste sábado em Denver, local da partida contra o Panamá.

O treinador também destacou a personalidade do goleiro, que acabou de se transferir para a Roma. “Também tem a personalidade. Às vezes, você chega para falar com o jogador e ele nem espera você acabar de falar e já responde: estou pronto. Então você percebe a personalidade do jogador”, disse Dunga.

Alisson assumiu o gol do Internacional no dia 12 de outubro de 2014. Depois de um ano, tornou-se titular da seleção brasileira. Chamado como o terceiro goleiro para as Eliminatórias, ele via à sua frente Jefferson, do Botafogo, que era o titular, e Marcelo Grohe, do Grêmio, o seu reserva imediato.

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Jefferson não foi bem na derrota para os chilenos, por 2 a 0, em Santiago, e já vinha sendo contestado por atuar na Série B no ano passado. Grohe sofreu uma lesão no ombro nos treinos e foi cortado. Alisson atuou contra Venezuela, depois segurou a Argentina em Buenos Aires. Na Copa América, seu grande concorrente será Diego Alves, do Valencia, que retorna após um longo período de afastamento causado por uma grave contusão.