Atuais campeões olímpicos, a dupla Alison e Bruno Schmidt segue viva na etapa do Rio de Janeiro do Circuito Mundial de Vôlei de Praia, que está sendo disputado em quadras montadas no Centro de Tênis, no Parque Olímpico da Barra, na zona oeste da cidade. Os dois, além da parceria formada por Álvaro Filho e Saymon, venceram seus jogos das oitavas de final nesta sexta-feira e estão nas quartas.
Os adversários de Alison e Bruno serão os norte-americanos Gibb e Crabb, às 12 horas, enquanto que Alvinho e Saymon duelarão contra os italianos Nicolai e Lupo, vice-campeões olímpicos no Rio-2016, às 14 horas.
Alison e Bruno Schmidt conquistaram a classificação ao venceram os poloneses Kacper Kujawiak e Mariusz Prudel por 2 sets a 0 (21/11 e 21/18). Alison projetou o confronto das quartas de final, contra uma dupla recém-formada. “Os norte-americanos têm um time novo. O Gibb é experiente, mas vamos jogar pela primeira vez contra o Crabb, que é bem jovem. Já fomos jovens também, a gente se vê nele e sabe que virá com muita vontade de vencer. É um país com tradição, que sabe jogar”.
Álvaro Filho e Saymon tiveram um duelo caseiro na disputa pela vaga nas quartas de final. Eles superaram os compatriotas Evandro e André Stein, que vieram da repescagem, por 2 sets a 0 (21/18 e 21/18). “Eles são uma grande equipe, nos encontramos em torneios, inclusive na final do Major Series de Fort Lauderdale. A gente estava em um momento difícil, os saques de Evandro e André estavam todos entrando no segundo set. Foi uma virada espetacular, eles estavam dois pontos na frente. Quando você vibra, bota para fora a ansiedade, toda aquela energia”, disse Alvinho.
Outras duas equipes acabaram dando adeus ao torneio. Oscar e Hevaldo ficaram na repescagem ao serem superados por 2 sets a 0 por Doherty e Hyden. Os norte-americanos também foram algozes de Pedro Solberg e Guto nas oitavas de final, em uma batalha decidida apenas no tie-break.
FEMININO – Entre as mulheres, o Brasil está forte na briga por uma medalha. Nesta sexta-feira, três duplas que representam o país venceram e avançaram às quartas de final. Ágatha/Duda, Bárbara Seixas/Fernanda Berti e Larissa/Talita conseguiram resultados importantes.
As quartas de final começam às 9 horas deste sábado. Bárbara Seixas/Fernanda Berti encara Larissa/Talita, enquanto que Ágatha/Duda encara as norte-americanas Kelly Claes/Sara Hughes. As equipes vencedoras destes dois duelos se enfrentam ainda no sábado, pelas semifinais do torneio.
Larissa e Talita foram as primeiras a garantir vaga nas quartas de final. Elas superaram as experientes australianas Louise Bawden e Taliqua Clancy, que estiveram nos Jogos Rio-2016, pelas oitavas de final, por 2 sets a 0 (21/17 e 21/16).
Após a vitória e classificação, Talita comentou a chuva que caiu sobre a arena. “Prefiro sol, calor, mas se tem chuva, vamos com chuva. Esse é o nosso esporte. A chuva atrapalha os dois times, não tem jeito. A competição vai afunilando, está todo mundo na briga, atrás de pontos. Como todo mundo conhece bem o nosso jogo, vamos ter que nos reinventar. O Circuito está forte, com bons times. Uma nova geração muito boa está surgindo. Tem muita menina e menino novos jogando”, comentou.
Bárbara Seixas e Fernanda Berti também tiveram uma parada dura e venceram as canadenses Heather Bansley e Brandie Wilkerson por 2 sets a 1 (21/18, 11/21 e 17/15). A bloqueadora da dupla analisou o confronto brasileiro na próxima fase e o nível do torneio.
“Nós jogamos bastante contra elas, várias semifinais do Circuito Brasileiro. É um jogo em que todos se conhecem muito bem, não existem muitas grandes surpresas. Acho que o que vai fazer a diferença na partida é quem fizer as coisas melhor, quem errar menos e tiver mais vontade dentro do jogo. Sabíamos que todos os jogos aqui seriam difíceis, o nível técnico está muito alto, a exigência é grande”, declarou Fernanda Berti.
Exigência sentida na pele por Ágatha e Duda, que também tiveram que conquistar a vitória no tie-break ao superarem as suíças Nina Betschart e Tanja Huberli por 2 sets a 1 (21/16, 18/21 e 15/12). A torcida foi o terceiro jogador em quadra e empurrou a parceria em busca da vitória e classificação às quartas de final.
“Não tem como não sofrer nos jogos. Conforme o torneio vai afunilando, vamos encontrando ‘pedreiras’. Claro que preferíamos vencer sem sofrimento, não gostamos, mas jogamos e trabalhamos para isso, vamos para cima. Vamos descansar e estudar a dupla norte-americana, são garotas jovens e temos que estar ligadas”, disse Ágatha.
Outras três duplas brasileiras acabaram eliminadas nas oitavas de final. Elize Maia e Taiana perderam justamente para as próximas adversárias de Ágatha e Duda, as norte-americanas Claes e Hughes. Já Juliana e Carol Solberg foram derrotadas pelas canadenses Sarah Pavan e Melissa Humana-Paredes. Por fim, Josi e Lili deram adeus ao perderem para as checas Barbora Hermannova e Marketa Slukova.