Alexandre Barros testa hoje, em Valência, a moto Yamaha YZM-M1 que servirá de base para o desenvolvimento do modelo que irá estrear no próximo Mundial, tendo ele próprio como piloto oficial da fábrica.
Barros disse ontem, na Espanha, que assinou com a Yamaha, depois de competir com motos Honda por oito anos, horas depois de vencer, domingo, a última etapa do campeonato, em Valência. “Até hoje pilotei apenas motos produzidas para os outros. Estou apostando nesse projeto em que eu serei, pela primeira vez na minha carreira, o número 1 da equipe.” A Yamaha terá dois times em 2003. Barros e o francês Olivier Jacque compõem a dupla da Gauloises Yamaha, enquanto o espanhol Carlos Checa e o italiano Marco Melandri, que conquistou o Mundial das 250 cc este ano, trabalharão com a Fortuna Yamaha.
Ontem a escuderia estava pintando de preto a moto de Max Biaggi, italiano que deixou a Yamaha, para os testes de Barros, enquanto o piloto tirava medidas para os novos macacões. Os primeiros testes com o novo modelo acontecem no fim de dezembro.
Na entrevista coletiva dos três primeiros colocados no GP da Espanha, domingo, Barros deu a dica de que não ficaria na West Honda Pons. “Foi muito bom terminar quatro anos de relacionamento com essa vitória.” Todas as marcas que competem no Mundial tinham interesse no brasileiro, sensação do campeonato depois de passar a pilotar o modelo RC211 V da Honda, a partir do GP do Japão. “Tudo se definiu mesmo, a assinatura do contrato, no domingo, apesar de verbalmente o acordo com a Yamaha existir desde o GP da Malásia.”