O empate sem gols pela Sul-Americana, no meio da semana, foi reflexo de um dos problemas que tem acompanhado o Atlético no Brasileiro. O péssimo aproveitamento do ataque. Em 22 rodadas, o clube assinalou 23 gols, média de um gol por jogo. Esse rendimento pífio só é superior ao do Fluminense, último colocado do campeonato. Contra o Flamengo, logo mais às 16h, na Arena, chegou a hora do ataque desencantar, principalmente o atleta contratado para ser o homem-gol da equipe: Alex Mineiro. O time carioca, que é freguês de carteirinha do Furacão (não vence por aqui desde 1974), tem uma das defesas mais vazadas da competição – 5.ª pior com 36 gols sofridos – e vem sem seu principal matador: Adriano.
O atual grupo atleticano conta com cinco atacantes: Alex Mineiro, Zulu, Wallyson, Patrick e Geílson (que ainda não estreou no Brasileirão). Destes somente os garotos Wallyson e Patrick marcaram gols. E poucos. O Possesso balançou a rede por 3 vezes e Patrick uma. 
Jejum
Os atacantes de ofício estão devendo nesta temporada. Marcinho é o artilheiro do time no nacional, com seis gols. O jogador, no entanto, não é atacante e tem atuado na posição a pedido de Antônio Lopes. Com os outros treinadores alternava posicionamento no meio e na frente. Nem mesmo Rafael Moura, que era o homem de referência e goleador, estava correspondendo. Por isso Alex Mineiro foi contratado. Mas aquele que é um dos 10 maiores artilheiros do Atlético na história ainda não desencantou. O fato de não balançar a rede há tanto tempo não preocupa o experiente jogador, mas incomoda. “Isso às vezes interfere no rendimento dentro do campo. Mas a gente sabe que a fase passa. Estou trabalhando firme me recuperando de uma lesão que me dá uma capacidade maior de movimentação durante a partida. Minha cobrança pessoal é grande já que sempre tive um bom rendimento. Mas estou tranquilo. Foi a terceira lesão neste ano e ainda não consegui uma sequência boa de jogos”, afirmou o ídolo, tentando explicar a má fase.
Para um artilheiro como Alex Mineiro nada melhor do que um grande jogo, com mídia nacional, para reencontrar o caminho do gol. E um cenário altamente positivo está montado a favor do Atlético e do jogador.
Festa de aniversário da Baixada, boa presença de público, um grande adversário e um tabu para ser mantido.
