Alex define hoje sua situação no Atlético

O líder da corrida pela ?Chuteira de Ouro? – prêmio concedido pela revista Placar ao principal artilheiro do País -pode ter feito a sua derradeira partida pelo Atlético no último sábado. Desde 1.º de junho, teve início o prazo para que Alex Mineiro apresente propostas à diretoria do clube paranaense para a sua transferência e, pelo que foi revelado pelo empresário dele, Marcelo Robalinho, duas ofertas (Palmeiras e Santos) foram repassadas à cupula Rubro-Negra. A diretoria atleticana já adiantou que faria o possível para que o atleta termine o seu contrato com o clube – que se estende até o final deste ano – mas, como de costume, ?não entraria em leilão com outras agremiações?.

No mercado da bola, Alex está muito valorizado devido aos 25 gols que marcou nos Campeonatos Paranaense, Brasileiro, Copa do Brasil e amistosos. Mas também os atributos por ser um atacante que possui visão de jogo e bons fundamentos como passe e finalização. Essas características, tão em falta nos atacantes que atuam no Brasil, fez despertar o interesse de grandes equipes da Série A.

A permanência do atacante no Atlético depende basicamente de quanto o clube pretende gastar para manter seu principal jogador, pois o Rubro-Negro tem preferência na manutenção de Alex. Mas ofertas muito acima dos padrões atleticanos e a necessidade de investir nas obras de conclusão da Arena, podem impedir que o Furacão banque as ofertas recebidas. Outro detalhe que pesa numa futura transferência é a ambição do jogador em ser reconhecido em mercados maiores como Rio de Janeiro e São Paulo e, quanto a isso, não há dinheiro que pague.

Transferência nas mãos do Furacão

Diante da apresentação das propostas, o Furacão tem o prazo de seis dias para decidir o futuro de Alex. Se cobrir as ofertas, permanece com o atleta até dezembro. Caso contrário, o artilheiro se transformará em mais um atacante que o Rubro-Negro perde para o mercado paulista. Foi assim com Aloísio e Dagoberto para o São Paulo e Marcos Aurélio para o Santos.

O empresário de Alex afirmou, no entanto, que a transferência do jogador ainda está em aberto e que depende somente do Atlético. ?Está tudo indefinido. Até o momento há propostas dos três clubes e as diretorias do Palmeiras e do Fluminense já conversaram com o Atlético. O Santos foi através de um intermediário?, explicou Robalinho.

Pelas regras do Brasileirão, um jogador pode atuar no máximo seis jogos por uma equipe antes de se transferir. No sábado, logo após a partida contra o Atlético-MG, Alex disse: ?O meu intuito é de permanecer no Atlético. Tenho contrato até dezembro e quero cumprir. Fico feliz pela lembrança dos outros clubes, mas tenho a intenção de ficar. Tenho certeza de que o que será decidido será o melhor para a minha carreira?.

Desafio é a palavra-chave

Reconhecimento e maior projeção nacional. Essas seriam as duas motivações para o artilheiro deixar o Rubro-Negro. De acordo com Marcelo Robalinho, Alex tem 32 anos e uma coisa o incomoda: o fato de não ter atuado nos principais clubes do Brasil e ter se destacado.

No Atlético, ele é ídolo, mas nunca se transformou em referência fora dos limites do Paraná. Até mesmo quando foi campeão brasileiro pelo Furacão e recebeu o prêmio Bola de Ouro – como o melhor jogador do campeonato de 2001 – não ganhou tanto destaque como merecia.

Passados quase seis anos do recebimento do prêmio, a oportunidade para brilhar Brasil afora, atuando em um time que sempre está na mídia, finalmente apareceu e ele deve agarrar a chance.

A questão que envolve a possível transferência de Alex nem é tanto financeira pois, segundo seu empresário, o atacante recebeu propostas do exterior e recusou, principalmente, porque a família dele quer permanecer no País.

?Não é a intenção do Alex deixar o Brasil. Para isso o Atlético é uma grande vitrine. Ele não precisaria jogar em São Paulo ou Rio de Janeiro?, explicou Robalinho.

Fechar um bom contrato com algum clube estrangeiro seria o plano para o próximo ano, mas para isso é necessário que Alex faça um bom Brasileirão. O que norteia a vida do artilheiro, no momento, não é o lado financeiro, mas sim o pessoal – o desafio de mostrar a todos que pode vencer em times de ponta, onde a cobrança é maior.

No Atlético, ele é insubstituível e um dos referenciais do atual elenco. As suas apresentações em campo, aliada a experiência adquirida, levaram Vadão a considerá-lo um jogador completo e sua eventual saída comprometeria, em muito, o rendimento rubro-negro.

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