Vai uma pizza, aí?

Alep divulga relatório que isenta Petraglia de acusações

O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Copa do Mundo foi entregue ontem ao presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Valdir Rossoni (PSDB). A conclusão foi de que não houve indícios de desvio de verbas, confirmando a previsão de que as investigações acabariam em pizza.

Tanto é que a CPI não teve maiores evoluções desde novembro do ano passado, quando o ex-vice-presidente do Atlético, e ex-sócio da CAP S/A, José Cid Campêlo Filho, denunciou que haveria favorecimento a parentes do presidente do Furacão, Mário Celso Petraglia, na contratação de serviços para a reforma da Arena da Baixada. No caso, as novas cadeiras do estádio seriam da empresa Kango Brasil Ltda., do filho de Petraglia, Mário Celso Keinert Petraglia, e estariam sendo compradas por um valor acima do das concorrentes.

Para se defender, Petraglia depôs na CPI. Armou um circo e negou as acusações, afirmando que o clube estava adquirindo cadeiras mais caras por conta da qualidade do material ser melhor do que as que foram colocadas no estádio de Brasília, que também comprou cadeiras da empresa Kango Brasil Ltda. Ao término do depoimento, o presidente da CPI, Fábio Camargo, disse que não via mais motivos para o seguimento da investigação. “Eu, particularmente, entendo que para a CPI a questão da Arena está encerrada. Salvo que tenhamos alguma materialidade que nos dê subsídios contrários aos que foram mostrados aqui”, afirmou o deputado, na ocasião.

Além de Cid Campêlo e Petraglia, foram ouvidos também o secretário estadual da Copa do Mundo, Mário Celso Cunha, e o então presidente do Tribunal  de Contas, Fernando Guimarães. Em dezembro, o presidente da Agência de Fomento do Paraná, Juraci Barbosa Sobrinho, foi convocado por Fábio Camargo para ser ouvido pela CPI, uma vez que Petraglia havia se recusado a assinar o contrato de financiamento de R$ 131 milhões como Banco Nacional de Desenvolvimente Econômico e Social (BNDES), através da própria Agência de Fomento, por não concordar com alguns itens.

No entanto, Juraci Barbosa nunca depôs. Houve o protelamento das sessões até a entrada em recesso dos parlamentares. Iniciado o ano legislativo, ninguém mais tocou no assunto e a CPI da Copa ficou paralisada, apenas esperando seu prazo legal. Na semana passada houve a última reunião, para definir que o relatório final terminaria em pizza.

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