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| Hora de renovar. |
Ele quer ficar. Principal revelação do Coritiba no segundo semestre, Alemão está interessado em firmar vínculo com o clube por mais uma temporada, seguindo na equipe que lhe deu a primeira chance como profissional. Com apenas vinte anos, o atacante conhece as agruras da rápida valorização – ao mesmo tempo que recebe sondagens, também sofre com as difíceis negociações.
O tempo de garoto (e de amador) devia ser melhor, mas a transformação na vida de Alemão se completou no domingo, quando atuou pela primeira vez no Maracanã. Era o final de um ciclo justamente no local onde sempre sonhou jogar – e vivia, na semana anterior, tanta tensão que ele próprio temia pela saúde da mãe, que poderia ter "um troço", como Alemão mesmo dizia, ao vê-lo pisar o "maior do mundo".
A primeira coisa que ele quis saber após a partida era o estado dos familiares. "Estava todo mundo bem, graças a Deus. Minha mãe não teve nada, saiu sem problemas do Maracanã. Depois do jogo eu fui em casa para falar com o pessoal, estavam todos felizes e emocionados. Assim como eu, minha família estava muito feliz. Realizei um sonho", resume Alemão.
Após a magia do jogo de domingo, ele voltou à realidade. E aos planos para o futuro. Ligado aos empresários que administram o Prudentópolis, o atacante sabe da existência de sondagens de vários clubes (principalmente cariocas) interessados em contratá-lo para a temporada 2005. Mas ele prefere manter-se distante das negociações dos procuradores. "Eu deixei nas mãos deles, para poder jogar com tranqüilidade", confessa.
Sobre as iniciativas do Coritiba, entretanto, Alemão se aprofunda mais. "Os dirigentes do clube já conversaram com meus procuradores para tentar um acerto. A princípio, eles se acertaram, mas tenho que esperar para ver se vou ficar ou não", afirma o atacante. A diretoria coxa, entretanto, não confirma nenhuma reunião com os representantes do jogador – nem com os dele, nem com os de Tuta, Jucemar e Reginaldo Nascimento, outros que têm contrato com o Cori até o final do mês.
E, se for perguntado, Alemão deixa claro que prefere ficar no Alto da Glória. "Querer ficar, eu quero. Depende do acordo entre as partes. Vamos ver o que eles vão conversar com o meu representante, ouvir a resposta do Coritiba, e se tudo der certo eu posso ficar no clube por mais um ano", finaliza o atacante.
Mais um ano juntos para os três goleiros
– A diretoria do Coritiba desmentiu a possibilidade de contratação do meia Fabrício, do Brasiliense (mas que é vinculado ao Atlético). O jogador tem ‘partidários’ na cúpula alviverde, mas a princípio seu nome foi descartado.
– Reginaldo Nascimento e Jucemar ainda não foram procurados pela direção para renovarem seus contratos. Se o capitão tem grandes chances de deixar o Coxa, o lateral interessa para a próxima temporada.
– Já o centroavante Tuta não defenderá o Cori em 2005. A decisão ainda não foi oficializada, mas o desempenho apenas regular na temporada e a crise de relacionamento com o presidente Giovani Gionédis minaram uma possível permanência.
Lopes perde mais um
O técnico Antônio Lopes já abandonou o clima de mistério há tempos, até porque o Coritiba tem situações reais de classificação para a Copa Sul-Americana e não adianta mais, no pensamento dele, ficar escondendo o jogo. Mas o Delegado teve uma má notícia quando já imaginava definir a equipe que vai enfrentar o Goiás, domingo, às 16h, no Couto Pereira. Alemão, com dores no joelho esquerdo, é a principal dúvida alviverde.
As reclamações do atacante vêm desde o jogo de domingo com o Flamengo, quando ele acabou dividindo uma jogada com o goleiro Júlio César e acabou levando a pior. "Eu estava suportando, mas agora voltei a sentir", diz Alemão, que fica em observação até esta tarde. No coletivo, Laércio foi seu substituto, e já está de sobreaviso.
De resto, Lopes não tem mais dúvidas. "É este o time, não há o que esconder", resume. Sem Fernando, que segue com dores no tríceps, e Adriano, novamente vetado pelos médicos, o Coritiba terá contra o Goiás a seguinte formação: Douglas; Miranda, Flávio e Vágner; Rafinha, Roberto Brum, Ataliba, Luís Carlos Capixaba e Ricardo; Tuta e Alemão.
