O alemão Thomas Lurz confirmou seu favoritismo e conquistou sua segunda medalha de ouro no Mundial de Esportes Aquáticos, ao vencer nesta quarta-feira a prova de 10 quilômetros da maratona aquática masculina, disputada em Ostia, praia nos arredores de Roma. Um dia depois de vencer a prova de 5 quilômetros, Lurz marcou o tempo de 1h52min6s e deixou para trás os norte-americanos Andrew Gemmel e Francis Crippen, que chegaram em segundo e terceiro, respectivamente.
A prova, no entanto, ficou sob judice e não teve a cerimônia do pódio, já que a delegação da Itália acusou Crippen de nadar fora do percurso demarcado por boias, e exigiu a desclassificação do americano. O protesto, que daria a medalha de bronze ao italiano Valerio Creli, quarto colocado, foi aceito pela Federação Internacional de Natação (Fina), mas os americanos recorreram e a decisão definitiva sai apenas nesta quinta-feira.
Os dirigentes do time dos Estados Unidos alegam que não há nada nas regras da maratona aquática que obrigue o nadador a permanecer dentro do percurso demarcado. “As cordas servem apenas como guia, e ele não tirou nenhuma vantagem, muito pelo contrário”, disse a técnica Catherine Vogt.
Alheio à confusão, Lurz comemorou a vitória, conquistada menos de 24 horas depois de seu primeiro ouro. “Eu usei a mesma tática da outra prova e funcionou muito bem para mim”, declarou. Ele admitiu também que precisou de um lauto jantar para recuperar as energias, na noite de terça-feira. “Primeiro comi uma massa, depois fui ao McDonald’s e comi um Big Mac e um cheeseburger. Pena que não havia comida alemã”, brincou o nadador.
Por causa do imbróglio, a Fina não confirmou a classificação final da prova, o que deixou em suspenso o resultados dos brasileiros Allan do Carmo e Marcelo Romanelli.