A seleção brasileira masculina do vôlei fez a festa da torcida que lotou, ontem, o ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, para ver o time campeão mundial derrotar a Alemanha na segunda partida válida pelo grupo B da Liga Mundial 2003. As 10.999 pessoas viram o Brasil superar o adversário por 3 sets a 1, parciais de 25/16, 23/15, 25/13 e 15/14, em 1h22 de jogo. O oposto Anderson foi o maior pontuador da partida, com 20 anotados. Amanhã, a equipe comandada pelo técnico Bernardinho viaja para a Itália, onde enfrentará os donos da casa na segunda rodada da chave na competição, em Florença e Bolonha.
Novamente, o técnico Bernardinho elogiou o sistema defensivo da equipe. “O nosso bloqueio e a nossa defesa estiveram bem, mas nosso ataque ainda precisa melhorar. Hoje nos apoiamos muito no Anderson e um pouco no Giba. Estivemos bem para um início de trabalho e, no segundo set, quando tentamos puxar o adversário pelo rabo, a Alemanha conseguiu escapar. Depois, nas duas parciais seguintes, melhoramos”, disse o treinador brasileiro.
O Brasil iniciou a partida com uma escalação diferente do primeiro jogo: Nalbert no lugar de Giovane. O restante da formação foi montada com Ricardinho, Anderson, Giba, Henrique, Gustavo e Escadinha. Ainda entraram Rodrigão, Maurício, André Nascimento e Roberto Minuzzi.
O capitão Nalbert analisou sua primeira partida na Liga Mundial: “Com a minha entrada, o Brasil ganhou mais volume de jogo. Em contrapartida, a saída do Giovane fez a seleção perder um pouco da eficiência no ataque”.
Para o treinador Stelian Moculescu, a Alemanha fez uma apresentação melhor, mas não manteve a regularidade necessária. “Nós começamos bem, alcançamos o combinado no segundo set, mas peço desculpas pelo meu time não ter tentado mais, com mais garra nos dois últimos sets”, comentou.
A boa atuação fez o oposto (atacante que fica na diagonal do levantador) Anderson recordar toda sua passagem pela seleção. “Nesses dois anos, ganhei em sabedoria e experiência. Eu cresci com isso e agradeço à comissão técnica e aos jogadores pelas orientações e toques que me deram”, disse.
Indagado sobre as dificuldades nos próximos jogos, o levantador Ricardinho disse que serão as mesmas. “A Alemanha foi um adversário difícil. Parece que foi fácil correr atrás, mas não foi. O que precisamos fazer é aumentar a concentração e crescer nos treinos para enfrentar a Itália e, depois, Portugal.”