A Alemanha fez o que dela se esperava. Uma das principais favoritas à conquista da Eurocopa, não deu chance para a Grécia, fez 4 a 2 na Arena Gdansk, na Polônia, e se classificou para a semifinal da competição.
Agora o time espera o vencedor de Inglaterra e Itália, que se enfrentam no domingo. A semifinal acontece no dia 28, no estádio Nacional de Varsóvia.
Era um confronto que transcendia o campo de futebol e que ganhou contornos políticos devido à crise econômica e das tensões que ameaçam a unidade do euro.
Assim como na economia, no campo esportivo o predomínio foi alemão. Para furar o ferrolho imposto pelos gregos, o técnico alemão Joachiw Löw modificou a sua equipe. Saíram Podolski, Müller e Gómez, e entraram Reus, Schürrle e Klose. Ele deixava Mario Gómez, um dos artilheiros da competição com três gols, no banco e aposta na maior movimentação de Schürrle e Reus pelos lados do campo.
E desde o início o time pressionou os gregos. Com um volume de jogo muito alto, armou uma blitz sobre a defesa da Grécia. A estratégia era a troca de passes rápidos e muita movimentação para pegar a retaguarda grega desprotegida.
Assim, os alemães foram criando e desperdiçando chances. Klose marcou, mas estava impedido. A equipe também abusava dos arremates de fora da área, aproveitando-se do gramado enlameado na área do goleiro Sifakis.
A Grécia apostava nos contra-ataques, mas não tinha sequer saída de jogo. Durante todo o primeiro tempo chutou apenas duas vezes ao gol de Neuer, mas sem perigo.
E o gol acabou saindo com Lahm. O capitão alemão deixou a lateral esquerda e apareceu para abrir o placar. Cortou da esquerda para a direita e bateu firme, aos 38min.
Na volta do intervalo o técnico da Grécia Fernando Santos resolveu mudar. Sacou o lateral esquerdo Tzavellas e colocou um mais ofensivo, Fotakis. E trocou seu centroavante. Saiu Ninis e entrou Gekas.
A alteração deu resultado, apesar de a Alemanha seguir dominando. Aos 10min, um grande contra-ataque da Grécia. Salpingidis foi lançado na direita e cruzou para Samaras, de carrinho, empurrar para as redes e empatar.
A torcida grega vibrava como se estivesse goleando os alemães. Mas a festa não durou muito. Bola de pé em pé de um lado para o outro, até que Boateng cruzou para área e Khedira pegou um voleio violento que não permitiu nem reação do goleiro Sifakis, aos 16min.
Seis minutos mais tarde, Klose, o segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo, com 14 gols, um a menos que Ronaldo, ampliou depois de se antecipar à zaga grega e testar firme para o gol de Sifakis.
Aos 28min, Reus pegou rebote do goleiro Sifakis e mandou uma bomba no ângulo, ampliando a vantagem.
Depois disso, o time passou a trocar passes e administrar o jogo, fazendo o tempo passar. A Grécia ainda diminuiu em pênalti cobrado por Salpingidis, aos 42min.
