Alemanha e França lutam por sonho de título na América

Alemanha e França disputarão nesta sexta-feira, às 13 horas, no Maracanã, o mais importante clássico europeu da Copa do Mundo do Brasil até agora. Em jogo estará não apenas uma vaga na semifinal, mas também o direito de continuar sonhando em se tornar a primeira seleção da Europa a conquistar o título mundial em território americano.

A rivalidade entre os vizinhos sempre foi enorme, mas tornou-se ainda maior nos anos 80, quando alemães e franceses se enfrentaram em duas semifinais de Copa do Mundo consecutivas, com duas vitórias da Alemanha. A partida desta sexta à tarde, portanto, dará à França a oportunidade de vingança.

A chance é boa para os franceses porque a Alemanha tem sido um tanto errática na Copa. Começou como um trator, atropelando Portugal, mas depois tropeçou em Gana e obteve uma vitória sem graça sobre os Estados Unidos. Nas oitavas de final, transformou um aparentemente tranquilo confronto com a Argélia em pesadelo.

Joachim Löw sabe que o futebol mostrado pela Alemanha no Mundial não tem sido exatamente uma beleza. Aliás, a torcida alemã também sabe, tanto que são fortes as críticas à seleção. Para acabar com elas – e obter a classificação -, o plano é evitar a repetição dos muitos erros cometidos contra a Argélia. Ele sabe que sua equipe tem de acelerar a troca de passes no ataque e não perder tanto a bola no meio de campo.

Como a defesa é pesada e lenta, será muito ruim oferecer à França a chance de contra-atacar. Se os argelinos já atormentaram a Alemanha com sua velocidade, causa ainda mais preocupação a possibilidade de os franceses explorarem as fragilidades dos seus zagueiros. “Eu não creio que nós já tenhamos mostrado nosso melhor futebol na Copa”, disse Löw. Ele acredita que a Alemanha encontrará as condições ideais para brilhar no duelo desta sexta. “Jogamos contra times que não tinham nada a perder, como Gana e Estados Unidos. Contra a Alemanha, esses times menores fazem o jogo da vida deles.”

EQUILÍBRIO – A seleção alemã foi atingida por uma “epidemia” de gripe nesta semana – sete jogadores estão gripados. Os casos mais graves são o do zagueiro Hummels (que não enfrentou a Argélia por causa do problema) e o do atacante Thomas Müller, mas eles treinaram nesta quinta e vão jogar. O atacante Podolski, que não jogou contra a Argélia por causa de dores musculares, também se recuperou.

Do lado francês, o técnico Didier Deschamps reconhece que a sua equipe esteve longe de apresentar um grande futebol nas oitavas de final contra a Nigéria e, por isso, diz que para passar pela Alemanha será preciso jogar muito mais. Ele, no entanto, não quer que o time mostre nada de novo. Para o treinador, o que a França precisa é aperfeiçoar o desempenho dos jogos anteriores. “Precisamos continuar fazendo o que vínhamos fazendo até aqui, mas melhorar em todos os níveis”, admitiu.

Apesar de a Alemanha ter começado a Copa na lista de favoritas ao título e muitas pessoas desconfiarem do potencial da França, Deschamps prevê uma partida equilibrada, decidida nos detalhes. Na sua avaliação, as duas equipes jogam de maneira semelhante. “O esquema tático de França e Alemanha é o mesmo, o que muda é que cada seleção tem jogadores com características diferentes.”

O treinador não revelou a escalação, mas deve abandonar o esquema com dois centroavantes. Giroud deve perder o seu lugar para Griezmann, que jogaria à esquerda do ataque, enquanto Valbuena atua pela direita e Benzema centralizado. Foi assim que o time marcou dois gols em 12 minutos contra a Nigéria. O zagueiro Sakho, recuperado de lesão na coxa esquerda, retorna à equipe.

Grupos de WhatsApp da Tribuna
Receba Notícias no seu WhatsApp!
Receba as notícias do seu bairro e do seu time pelo WhatsApp.
Participe dos Grupos da Tribuna