Alemanha e Argentina chegam diferentes para reencontro

Há quatro anos, na Cidade do Cabo, Alemanha e Argentina se enfrentaram pela última vez em um campeonato. Eram as quartas de final da Copa da África do Sul e não se pode dizer que os argentinos tenham saudades daquela partida. Foi um passeio alemão do início ao fim, uma goleada por 4 a 0 que poderia ter sido ainda mais escandalosa. Agora, no Mundial brasileiro, uma Alemanha parecida com a de 2010, ao menos nos nomes dos jogadores, enfrentará uma Argentina muito modificada.

O time da Alemanha que deverá começar a final da Copa, no domingo, é bem parecido com o que goleou a Argentina há quatro anos. As mudanças são a saída de Mertesacker, Friedrich e Podolski e a entrada de Hummels, Höwedes e Kroos. Mas o estilo da seleção mudou. Na África do Sul, a equipe jogava em alta velocidade e matava os adversários nos contra-ataques, como notou a Argentina. Agora, trata-se de um time que busca dominar os oponentes na base do toque de bola, como a Espanha se acostumou a fazer.

“Nossa maneira de jogar ficou muito conhecida pelos adversários e tivemos de encontrar um novo estilo”, explicou o auxiliar técnico, Hansi Flick, que cumpria a mesma função na Copa da África do Sul.

Nos últimos quatro anos, Joachim Löw fez várias modificações na seleção e apostou em ideias não convencionais, como a escalação de Lahm como volante e a de Müller como centroavante. Assim, ele começou a Copa do Mundo, mas como as atuações não estavam sendo convincentes, e as críticas eram muitas, o técnico acabou resgatando de seu caderninho de anotações a formação que havia utilizado na África do Sul.

MUDANÇAS FUNDAMENTAIS – Quatro anos depois do fracasso na Copa sul-africana, a Argentina é uma seleção que tem Messi como grande protagonista e que sabe se defender. Essas são as grandes mudanças em relação à equipe de 2010. Por um bom tempo, Messi foi questionado na seleção, enquanto acumulava títulos de melhor jogador do mundo (quatro vezes) e colecionava troféus pelo Barcelona. Com Alejandro Sabella no comando isso mudou. O primeiro ato do técnico à frente da seleção foi dar a faixa de capitão ao craque, herdeiro natural de Diego Maradona.

Na Copa de 2010, Maradona era o técnico da Argentina. E ele jamais conseguiu dar um padrão tático à equipe, nem consertar os seus defeitos defensivos. O time só foi bem até a goleada para a Alemanha. Terminava ali a “era Maradona” na seleção. Seu substituto, Sergio Batista, durou só 17 jogos no cargo e foi substituído por Sabella. E a criticada defesa virou o ponto forte do time. Em seis jogos no Mundial, sofreu apenas três gols. E Messi brilha como jamais havia brilhado com a camisa da seleção.

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