Alemanha e Argentina abrem as quartas da Copa 2006

São Paulo – Após 16 anos, Alemanha e Argentina se encontram num jogo de Copa do Mundo. Hoje, as duas seleções campeãs do mundo abrem as quartas-de-final no jogo mais aguardado (e que também promete ser o melhor) do Mundial 2006 até aqui. O clássico começa às 12h (de Brasília), no estádio Olímpico de Berlim.

O último encontro entre alemães e argentinos numa Copa do Mundo foi em 1990, na final. Com um gol de pênalti de Brehme, a Alemanha venceu por 1 x 0, conquistou o título e deu o troco pela derrota na decisão do Mundial anterior, em 1986, no México. Depois da conquista do tri pelos alemães, porém, a Argentina não perdeu mais o clássico. Foram duas vitórias sobre os alemães, em 1993 e 2002, e dois empates mais recentemente, ambos em 2005.

Para os alemães, o problema é ainda maior. A equipe não vence uma das grandes seleções do futebol mundial desde que fez 1 x 0 sobre a Inglaterra em outubro de 2000. O melhor que conseguiu ultimamente foi justamente os dois empates por 2 x 2 com a Argentina em 2005, um deles num amistoso disputado em Dusseldorf e outro pela Copa das Confederações, em Nuremberg.

Mais do que o histórico, porém, o que atrai a atenção para o duelo de hoje é o fato de as duas equipes serem apontadas quase por unanimidade como as melhores da Copa deste ano. Os alemães venceram os quatro jogos que fizeram até aqui, marcaram dez gols e sofreram apenas dois. Apesar do empate com a Holanda na primeira fase, a Argentina tem mostrado um futebol bastante eficiente tanto na defesa quanto no ataque, igualando a marca alemã de dez gols marcados e apenas dois sofridos.

Provocações no ataque

São Paulo – A boa campanha dos times desperta o respeito do adversário, mas algumas provocações foram ouvidas nos últimos dias. Na troca de farpas entre os rivais, Tevez foi o porta-voz do lado argentino e Klose respondeu pelos alemães. Uma disputa que, pelo menos nos primeiros minutos, não deve se repetir em campo, já que a tendência é o atacante corintiano ficar na reserva.

?A Argentina era favorita para vencer a Copa do Mundo, mas agora eles tiveram o azar de caírem contra nós?, cutucou o atacante alemão, artilheiro do Mundial com quatro gols. ?Eles jogam bem no ar porque são altos. Eu não terei medo se eles vierem para cima. Eu teria medo deles em uma luta, mas nós vamos jogar futebol?, respondeu Carlitos, que mais uma vez deve ficar na reserva de Saviola.

Para diminuir o tamanho da fogueira armada pelos jogadores, os treinadores usaram a diplomacia ao falar do adversário. ?O jogo será resolvido em campo, jogando futebol. São dois times fortes, e um respeita o outro?, disse o argentino José Pekerman, que ainda elogiou o colega alemão. ?A Alemanha está bem sob o comando de Klinsmann. Renovou muitos jogadores e o estilo de ataque está rendendo bons resultados?.

Klinsmann, que enfrentou a Argentina de Maradona em 1990, quando ainda era jogador, devolveu a gentileza. ?Tenho um grande respeito por Pekerman e sua escola de futebol. Eles jogam juntos há muitos anos e honram seu estilo?, declarou o técnico, negando, porém, que seu time vá jogar mais encolhido do que nos últimos jogos. ?Não vamos alterar nosso plano de jogo contra a Argentina?, afirmou. Se Klinsmann já manifestou quais suas intenções, Pekerman não colabora com o adversário e faz certo mistério sobre a escalação de sua equipe. Uma das dúvidas está na defesa. Como Burdisso ainda não está totalmente recuperado de uma lesão no joelho, Cufre e Scaloni ficam na expectativa de ganhar uma vaga na lateral-direita. O mesmo ocorre no meio-campo, já que Lucho González se recupera de lesão na virilha e disputa vaga com Cambiasso.

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