Com muita música, comida em abundância e principalmente barris de chope à vontade, cerca de 100 integrantes da comunidade alemã curitibana comemoraram a classificação da Alemanha para as oitavas de final da Copa do Mundo durante um café (chope) da manhã no Schwarzwald, também conhecido como Bar do Alemão, no Centro Histórico de Curitiba. A próxima festa já foi marcada para a madrugada do dia 15. ?Vamos emendar com o movimento normal do bar?, diz o proprietário, Jorge Tonatto, italiano por parte do pai e alemão pela mãe.
O salão decorado com balões nas cores preta, amarela e vermelha misturados a bandeiras brasileiras reuniu várias gerações de alemães.
Cinco televisores davam uma visão completa do jogo entre Alemanha e Camarões. No centro do salão, uma mesa recheada com comidas dividia as atenções. O primeiro tempo foi tenso, mas suportável. Quatro integrantes da Banda Lyra, que não paravam de tocar músicas típicas, e os canecos de chope que não paravam de emergir detrás do balcão para as mesas dos convidados, atenuavam a falta de gols.
No intervalo, uma imensa taça, com capacidade para três litros de chope, começou a rodar entre as mesas. Cada um tomava um pouco (ou muito). Segundo Tonatto, a taça foi implantada durante a Copa do Mundo de 86 e deixa o armário somente em campeonatos mundiais de futebol. O contágio foi imediato. Algumas pessoas arriscaram danças típicas e a festa se completou com o primeiro gol alemão.
A partir do segundo gol e depois de dezenas de canecos de chope, o jogo tornou-se apenas um acessório para a festa. Mas a vitória e a classificação não convenceram Axel Wetter, que chegou há um mês e meio de Colônia para trabalhar na Siemens. Ele acredita que o time deve ganhar os dois próximos compromissos chegando às semifinais. ?Ir para as finais é muito difícil?, opinou.
