Rio – Nos próximos meses, o barco Brasil 1 terá pela frente as etapas mais difíceis da Volvo Ocean Race. A partir do dia 2 de janeiro, a embarcação que está participando da regata de volta ao mundo velejará pelos mares do sul, enfrentando ventos fortíssimos, ondas gigantes e icebergs. Para agüentar o ritmo, uma série de ajustes já estão sendo feitos pela equipe de terra, que trabalha em ritmo intenso na Cidade do Cabo.
"Agora que o barco está em terra, acaba o nosso sossego", brinca Álvaro de Souza, um dos responsáveis pela reforma que o Brasil 1 está passando. "Esses próximos trechos são os mais difíceis da corrida e por isso teremos muito o que fazer", avisa Herve le Quilliec, gerente de logística da equipe.
O Brasil 1, segundo colocado na classificação geral da Volvo Ocean Race, foi levantado no domingo e a previsão é de que esses ajustes sigam pelas próximas duas semanas. Na primeira etapa, o barco brasileiro terminou em terceiro lugar e foi o único entre os veleiros desenhados pelo neozelandês Bruce Farr a completar as 6.400 milhas entre Vigo, na Espanha, e a África do Sul sem danos sérios.
Navegadora
O comitê técnico do Brasil 1 está reunido no Rio de Janeiro, para discutir qual será tripulação para a próxima etapa. Após a reunião, o comandante Torben Grael irá conversar com a australiana Adrienne Cahalan, para discutir o resultado do encontro. Como a Austrália está a 13 horas do Brasil, a equipe só poderá anunciar o resultado hoje.
Chegada
O australiano Sunergy and Friends, do comandante Grant Wharington, chegou à Cidade do Cabo ontem, após 24 dias na água. A equipe, que, por falta de verbas, chegou em cima da hora na Espanha e não disputou a regata local em Sanxenxo, terminou em quinto lugar, somando três pontos. Somando o 1,5 ponto dado pela passagem no portão de Fernando de Noronha, os australianos têm 4,5 pontos, à frente dos dois times que não completaram a etapa.
