Cinco dias antes da disputa do GP da Alemanha, a Ferrari anunciou nesta quarta-feira a demissão do seu diretor-técnico, James Allison, em um reflexo claro do fato de que a chefia da equipe está insatisfeita e decepcionada com o desempenho dos seus carros até esta primeira metade da temporada da Fórmula 1.

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Allison passou três anos na Ferrari nesta sua segunda passagem pela escuderia de Maranello, depois de ter trabalhado para a mesma anteriormente entre 2000 e 2004, então como chefe de aerodinâmica durante o período de dominância de Michael Schumacher pelo time italiano na F1.

A nova decisão da Ferrari tem efeito imediato e Allison será substituído já a partir desta quarta-feira por Mattia Binotto, que é um experiente engenheiro italiano que integra a equipe desde 1995. O diretor-técnico sai da tradicional escuderia pela segunda vez após passagens vitoriosas também pela Renault, onde exerceu o mesmo cargo quando Fernando Alonso foi bicampeão mundial com os títulos de 2005 e 2006, e pela Lotus, da qual ele foi contratado pela Ferrari anteriormente em 2013.

Ao oficializar a saída de Allison, o chefe da escuderia italiana, Maurizio Arrivabene, agradeceu ao profissional pelo seu “comprometimento e sacrifício” neste novo período de trabalho pelo time e desejou “sucesso e serenidade” para seus futuros desafios.

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Allison, por sua vez, destacou nesta quarta-feira que sai grato pela nova oportunidade que teve de fazer parte da Ferrari e também disse que torcerá para equipe brilhar neste ano e nas próximas temporadas.

“Durante os anos que passei na Ferrari, em duas fases diferentes e desempenhando papéis diferentes, eu pude conhecer e apreciar o valor da equipe e das pessoas, mulheres e homens, que são parte dela”, afirmou o britânico, que depois reforçou: “Gostaria de agradecer a todos pela grande experiência profissional e humana que nós compartilhamos. Gostaria de desejar a todos um futuro feliz e com muito sucesso”.

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Ainda sem conseguir conquistar uma vitória nesta temporada, mesmo contando com a forte dupla de pilotos campeões mundiais formada por Sebastian Vettel e Kimi Raikkonen, a Ferrari hoje também está apenas um ponto à frente da Red Bull na vice-liderança do Mundial de Construtores, assim como se vê bem longe de ameaçar o domínio da Mercedes de Lewis Hamilton e Nico Rosberg. No Mundial de Pilotos, por sinal, Daniel Ricciardo, da Red Bull, é o terceiro colocado, atrás apenas da dupla da Mercedes e logo à frente de Raikkonen e Vettel.