Os proprietários das equipes e os jogadores da NBA terminaram sem acordo uma reunião de mais de 15 horas para encerrar a paralisação da liga norte-americana de basquete. Os envolvidos, porém, avaliam que houve evolução nas negociações e marcaram um novo encontro para a tarde desta quinta-feira.
“Nós fomos capazes de trabalhar em uma série de questões diferentes hoje a respeito
nosso sistema”, disse Derek Fisher, presidente do sindicato dos jogadores da NBA. “De qualquer maneira, não podemos dizer que grandes progressos foram feitos, mas algum progresso foi feito sobre as questões do sistema. Obviamente o suficiente para nós voltarmos às duas da tarde”.
Diretor do sindicato dos jogadores, Billy Hunter disse que os dois lados não discutiram a distribuição das receitas, que tem sido um dos maiores obstáculos a um acordo. As partes retomaram as negociações com uma reunião entre pequenos grupos menos de uma semana depois de três dias de conversas que não produziram um novo acordo de trabalho.
A paralisação começou em 1º de julho, um dia após o encerramento do antigo acordo coletivo de trabalho, e o impasse já cancelou as duas primeiras semanas da temporada. Além disso, há pouco tempo para evitar que nenhuma partida da NBA seja disputada em novembro. Porém, Fisher e Hunter revelaram esperança de que uma temporada completa, com 82 jogos, possa ser disputada se um acordo for alcançado até domingo ou segunda-feira.
Os principais pontos conflitantes são o porcentual da receita que deve ser repassada aos jogadores pelas equipes e o desejo dos proprietários das franquias de mudarem o sistema de teto salarial da NBA. Quando as negociações foram encerradas na semana passada, os jogadores reclamaram que os dirigentes queriam ceder apenas 50% do faturamento. O acordo anterior dava 57% aos atletas, que agora aceitariam uma redução para 52,5%.
Os donos das equipes desejam estabelecer uma maior paridade entre os 30 participantes da NBA. Assim, trabalham para criar limitações, como o pagamento de punições, que evitem que as equipes tenham facilidades para ultrapassar o teto salarial. Os jogadores temem que a medida se transforme em um limite salarial rígido. Também existem impasses em questões como a duração do contrato de trabalho, a duração dos contratos dos jogadores e a magnitude de seus ganhos.
A reunião de quarta-feira contou com a participação de David Stern, comissário da NBA, que havia se ausentado do encontro anterior por estar gripado. Ele foi acompanhado pelo vice-comissário Adam Silver, os proprietários Peter Holt de San Antonio Spurs, Glen Taylor do Minnesota Timberwolves e James Dolan de New York Knicks, e advogados do escritório da liga. O sindicato foi representado por Hunter, Derek Fisher, o vice-presidente Maurice Evans, do Washington Wizards, o advogado Ron Klempner e o economista Kevin Murphy.