Torcedores de Atlético e Coritiba terão de esperar mais alguns dias pela definição sobre quem poderá acompanhar o clássico de domingo, às 16h, no Couto Pereira. Antes da reunião, que deve acontecer entre amanhã (18) e quinta-feira (19), Ministério Público do Paraná e Polícia Militar não vão se posicionar sobre o Atletiba de torcida única.
É possível que hoje a PM dê um parecer prévio sobre o clássico, mas o MP-PR deverá estudar melhor o caso só irá se pronunciar após a reunião. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público, antes de tomar uma posição, o promotor da Defesa do Consumidor, Maximiliano Ribeiro Deliberador, quer participar da reunião entre os clubes, a polícia e as torcidas organizadas.
Mesmo sem os organismos ligados à segurança do torcedor se manifestarem, o Coritiba mantém a decisão de abrir o Couto Pereira apenas para a sua torcida. “Tem um ditado popular muito antigo que diz que o que é combinado não é caro. Isso ficou combinado entre os dois presidentes (no 1.º turno) e cumprimos nossa parte. Eles não disponibilizaram ingressos para nossa torcida e agora é nossa vez”, afirmou o vice-presidente de futebol do Coritiba, Ernesto Pedroso Júnior. O dirigente não acredita que repetir o clássico com apenas uma torcida trará os problemas que o jogo do 1.º turno gerou. “Sem dúvida, deixaremos o espaço para os visitantes em aberto, mas não acredito que isso será problema. Foi um acordo feito pelos presidentes anteriormente”, reiterou Pedroso.
O Atletiba do dia 22 de fevereiro, jogo acompanhado apenas pela torcida do Furacão, na Vila Capanema, causou tumulto, controvérsias e acabou nos tribunais. Os dois clubes foram julgados pelo Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná e absolvidos no dia 4 de abril. A acusação foi de que a dupla havia ferido o Estatuto do Torcedor e o Regulamento Geral das Competições.
Mas a confusão começou muito antes, já no anúncio feito em cima da hora pelos clubes. A informação que seria o primeiro Atletiba da história com apenas uma torcida foi divulgada no dia 17 de fevereiro. A Polícia Militar foi informada pelos clubes, sob a justificativa de que era uma estratégia para a segurança dos torcedores. A decisão tomada pelos presidentes Vilson Ribeiro de Andrade e Mário Celso Petraglia, e acatada pela polícia.
No dia seguinte, o MP-PR vetou o clássico com apenas uma torcida. Porém, a decisão não durou muito. Na segunda-feira, dia 20 de fevereiro, o Ministério Público mudou de ideia e aceitou o “acordo”.