A CAP S/A confirmou ontem, durante entrevista coletiva com os engenheiros responsáveis da obra, que o orçamento final da reforma do estádio no valor de R$ 330 milhões foi validado pela Price Waterhouse, que faz a auditoria do cronograma físico e financeiro. Com o orçamento definido, o clube já protocolou um novo pedido de financiamento na Fomento Paraná de R$ 65 milhões e, a assinatura do contrato, mediante as devidas garantias que o Atlético dará, mas que ainda não foram definidas pelo clube, deverá acontecer nos próximos dias.
Segundo o engenheiro Luiz Volpato, diretor de projetos e construção das obras da Arena da Baixada, a CAP S/A tem caixa para tocar as obras em ritmo acelerado até a primeira semana de março. Assim, para que o ritmo não caia depois disso, as parcelas do novo financiamento deverão ser liberadas a partir da terceira semana de março. “Houve a validação do orçamento de R$ 330 milhões da Price. No final de semana a minuta do contrato de financiamento circulou e o contrato está prestes a ser assinado com as garantias estabelecidas pelo Atlético. Serão liberadas duas parcelas mensais de março a maio”, frisou Volpato.
Também nos próximos dias, a execução das obras da Arena da Baixada deverá atingir 95%, que é o percentual exigido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para a liberação da última parcela de R$ 6,5 milhões referente ao contrato de financiamento firmado via Fomento Paraná. “A expectativa é que essa quantia seja liberada até sexta-feira. Temos entrada de recursos garantida até o dia 15 de março e seguiremos esse cronograma. Estamos evoluindo 5% ao mês e, ao final de janeiro faltavam 10%. Se for levar isso em consideração está sobrando tempo. Temos certeza que chegaremos no dia 30 de abril com a obra completamente concluída”, emendou.
Durante a entrevista coletiva, Luiz Volpato estabeleceu o calendário dos próximos compromissos que deverão ser cumpridos para que a Arena fique pronta a tempo da Copa do Mundo. Ficou estabelecido que o jogo-teste será realizado no dia 23 de março, domingo, e não mais dia 26, quando o Furacão recebe o Vélez Sarsfield, pela Libertadores. O evento será limitado para 10 mil pessoas e, parte do público que estará presente será composto por operários da obra e seus familiares. Porém, o clube ainda não definiu quem atuará na partida teste e se haverá uma inauguração oficial do Joaquim Américo, em abril, antes de entregar o estádio para a Fifa, no dia 22 de maio.
Além do fluxo financeiro, que precisa ser contínuo até a entrega do estádio, uma das principais preocupações apontadas pelo engenheiro Luiz Volpato está na parte elétrica da Arena da Baixada. “Tivemos um avanço enorme nas instalações elétricas com a ajuda da Copel. Conseguimos a ligação definitiva da energia. Tínhamos um caminho crítico, mas o avanço foi enorme na última quinzena. Acredito que não teremos problemas com as instalações elétricas, apesar de ser o caminho mais preocupante até o momento”, detalhou.
Justificativas
Durante a coletiva organizada pelo Atlético, que até então pouco se pronunciava sobre o assunto, o engenheiro Luiz Volpato deu algumas justificativas para o aumento do orçamento final das obras, que passou de R$ 135 milhões para R$ 330 milhões. Além da demora no repasse de recursos, que não acompanhou o ritmo da evolução que as obras deveriam ter apresentado, o projeto precisou ser adequado para atender os requisitos da Fifa.