Se a CBF decidir que o técnico Muricy Ramalho é o nome ideal para comandar a seleção brasileira após a humilhante goleada sofrida para a Alemanha por 7 a 1, nas semifinais da Copa do Mundo, na última terça-feira, em Belo Horizonte, que enterrou o sonho do hexa, o São Paulo não irá se opor. Quem garante é o presidente do clube, Carlos Miguel Aidar.
“Qual é o sonho de qualquer jogador, político ou treinador? Não é assumir o cargo mais alto em seu país? Então é claro que eu liberaria se houvesse convite, até porque ninguém é insubstituível”, disse o presidente em conversa com a reportagem.
Embora Tite desponte como principal favorito a assumir o posto, Muricy Ramalho aparece como um dos candidatos que correm por fora. Ele chegou a ser convidado em 2010 pelo então presidente Ricardo Teixeira para substituir Dunga e aceitou, mas a recusa do Fluminense em liberá-lo sem pagamento de multa o fez recuar e ele permaneceu nas Laranjeiras, onde acabaria campeão brasileiro naquele ano – mas demitido no início do ano seguinte. Mano Menezes foi escolhido em seu lugar.
Em entrevista exclusiva no ano passado, o atual técnico do São Paulo disse que comandar o Brasil não estava mais entre suas prioridades. “Não passa mais na minha cabeça”, disse.
Apesar de não fazer qualquer oposição a liberar o treinador, Aidar reforçou a sua confiança no técnico e voltou a dizer que Muricy Ramalho tem “contrato vitalício” com o São Paulo. “Já disse que o Muricy será o treinador do São Paulo enquanto eu for presidente. A única chance dele sair do clube é se quiser”, disse o dirigente.