O clima de protesto antes, durante e depois do triunfo do Santos por 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro, domingo, na Vila Belmiro, não surpreendeu o zagueiro Felipe Aguilar. No clube desde o início do ano, o zagueiro colombiano citou a sua passagem pelo Atlético Nacional como natural após o time ter sido eliminado da Copa do Brasil pelo mesmo rival, dias antes. Além disso, garantiu o elenco focado na sequência da Série A, independentemente do clima externo.
“Não me surpreendeu. Joguei no maior clube da Colômbia, o Atlético Nacional. A torcida é exigente, protesta, reclama e está no seu direito. Não fomos eliminados porque queríamos, são coisas do jogo, mas já passou. A vitória foi importante para seguirmos na única competição que temos no ano e é nisso que estamos concentrados a partir de agora”, disse.
A expectativa é para que o clima seja mais leve e que as arquibancadas da Vila Belmiro estejam mais cheias na quarta-feira, no clássico contra o Corinthians, após o estádio receber menos de 6 mil pessoas no domingo. Aguilar destacou a importância de o Santos contar com o estádio cheio, mas prometeu que haverá empenho sob qualquer cenário.
“Se os torcedores nos acompanharem, é importante ter apoio, a Vila cheia. Mas se a decisão deles é seguir protestando no estádio, nada muda para nós. Com muita ou pouca torcida, temos obrigação de competir e ganhar”, comentou.
O triunfo sobre o Atlético-MG colocou o Santos na vice-liderança do Brasileirão, com 17 pontos, a dois do Palmeiras, que não teve os pontos de triunfo sobre o Botafogo contabilizados. Após o técnico Jorge Sampaoli declarar que não acredita na conquista do título nacional, Aguilar admitiu quer será mesmo difícil, mas evitou “jogar a toalha” com apenas oito rodadas disputadas.
“Vai ser possível na medida que a equipe se mantenha na ponta da tabela. É um torneio muito competitivo, com sete ou oito equipes que são referências no mundo. Temos de ser constantes durante todo o torneio para sonhar com esse título. Mas que é difícil, é”, concluiu.