Desde que soube que enfrentaria o Brasil na semifinal da Copa do Mundo, a Alemanha tem se preparado para jogar contra uma equipe fisicamente muito forte e bastante agressiva, às vezes até demais. Um time pouco brasileiro, em outras palavras. E os integrantes da seleção alemã já deixam transparecer uma certa preocupação com a atuação do árbitro da partida. Há o temor de que o homem do apito deixe os brasileiros abusarem das faltas, como já ocorreu no Mundial.

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“Nós observamos que em algumas ocasiões eles (os jogadores da seleção brasileira) agem no limite do que seria legal”, comentou Hansi Flick, auxiliar-técnico da equipe alemã, sem que ninguém lhe perguntasse sobre o assunto.

A sensação de que o time comandado por Luiz Felipe Scolari tem muito pouco a ver com a velha escola brasileira de futebol é bastante forte na delegação da Alemanha. A ponto de um jogador como Schweinsteiger, que gosta de um jogo mais físico, mostrar-se impressionado com a agressividade do Brasil.

“Gosto de um futebol com contato mais forte, mas eu tenho visto algumas faltas muito ruins na Copa do Mundo”, disse o volante do Bayern de Munique. “Nós ainda temos a imagem da seleção brasileira como um time de 11 artistas em campo, mas o futebol daqui mudou. Não há mais aqueles passes mirabolantes. Mas eles são grandes lutadores e temos de nos preparar para enfrentá-los.”

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Segundo Hansi Flick, a Alemanha tem hoje 22 jogadores em perfeitas condições físicas, apesar da “epidemia” de gripe que atingiu a seleção na semana passada – o único que está fora de combate é o zagueiro reserva Mustafi, que sofreu uma grave lesão muscular.