O agora técnico Rogério Ceni está completando um ano de carreira nesta nova função no futebol. Depois de passar seis meses no comando do São Paulo, clube pelo qual jogou por mais de 25 anos, o ex-goleiro foi demitido no início de julho e no final de novembro aceitou o desafio de treinar o Fortaleza, que conseguiu o acesso à Série B do Campeonato Brasileiro de 2018.

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Em entrevista à TV Globo neste domingo, Rogério Ceni revelou que não demonstra mágoa com a maneira com que foi demitido pelo presidente Carlos Augusto Barros e Silva, o Leco, após perder para o Flamengo, no Rio de Janeiro, pelo Campeonato Brasileiro. Ele deixou o São Paulo com 49,5% de aproveitamento, sendo 37 jogos, 14 vitórias, 13 empates e 10 derrotas.

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“Não me decepcionei com a demissão. Lógico que eu fico triste por ter sido mandado embora do clube que eu defendi. Fiz de tudo por este clube. Mas também entendo que a profissão de treinador ela é sujeita a essas coisas. Eu não me senti usado politicamente pela diretoria do clube. Se usou, eu desconheço, mas não me senti usado em momento nenhum e estou sendo super sincero”, afirmou o treinador.

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Perguntado se um dia aceitaria trabalhar em algum rival do São Paulo, casos de Corinthians e Palmeiras, Rogério Ceni disse que isso dificilmente acontecerá. “Acho muito difícil eu treinar Palmeiras ou Corinthians. Mesmo para frente, a história está escrita de uma maneira tão bacana. E também acho que ninguém lá nesses clubes ia querer me contratar, imagina eu entrando no CT deles. Eu tenho muito carinho pelo São Paulo, independente do que tenha acontecido”, explicou.

O ex-goleiro acredita que começou a carreira de técnico no lugar certo, mas lamentou ter perdido jogadores velozes e de qualidade que tinha no elenco do São Paulo, citando os atacantes David Neres e Luiz Araújo, os zagueiros Lyanco e Maicon e o volante Thiago Mendes.

No Fortaleza, onde já realiza a pré-temporada, Rogério Ceni tem o Campeonato Cearense e a Série B do Brasileiro pela frente em 2018, já que o Fortaleza não se classificou para a Copa do Nordeste e para a Copa do Brasil. E isso com um orçamento mais enxuto do que tinha no São Paulo.

“Só temos dois campeonatos. O Cearense até abril, o Fortaleza não classificou para a Copa do Brasil nem para a Copa do Nordeste, e em seguida a Série B do Brasileiro. Eu espero conseguir montar um time, que ainda não consegui até esse momento. A concorrência do mercado é muito grande, tem muitos clubes nesta faixa salarial, nesse nível da Série B é tudo muito parecido. Com exceção do Goiás por exemplo, que tem um poder aquisitivo maior e que levou por exemplo o Rafinha, do Brasil de Pelotas, ou o Giovani, do Náutico. Indiquei 20 jogadores e o presidente está trabalhando”, completou.