O presidente da Fifa, Joseph Blatter, deixa claro: agora o que resta é mesmo dar início à Copa do Mundo. Em uma conversa com a reportagem ao chegar em São Paulo, o cartola suíço insistiu em mostrar confiança, apesar de anos de polêmicas e sérias crises entre a Fifa e o governo brasileiro.

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“Agora é esperar o ponta pé inicial”, declarou. “Vamos com muito entusiasmo”, insistiu. Questionado como se sentia, o dirigente que busca em São Paulo apoio para um quinto mandato no comando da Fifa fez questão de dissipar qualquer incerteza sobre a Copa. “Estou muito feliz”, declarou.

A reação de Blatter faz parte de uma estratégia da Fifa de abandonar o debate público sobre os problemas e defeitos do Mundial, que começa em poucos dias. A meta é a de começar a criar um ambiente positivo e que possa entusiasmar o torcedor.

A Fifa, em muitos aspectos, já jogou a toalha e agora espera apenas que a estrutura montada seja capaz de atender às necessidades da Copa. Não há mais tempo para nenhuma grande mudança. No governo, essa estratégia também está sendo usada, focando toda a atenção em criar um clima de “torcida”, abandonando o debate sobre o legado da Copa para as cidades.

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Se o discurso oficial é de otimismo, a realidade é que a Fifa e o governo ainda tem uma agenda carregada de assuntos a serem resolvidos nos próximos dias. Nesta quinta, em São Paulo, Blatter se reúne com o ministro do Esporte, Aldo Rebelo, o presidente da CBF, José Maria Marin, e outras autoridades para tentar afinar a organização de alguns elementos centrais do torneio.

Blatter ainda usará o Congresso da Fifa em São Paulo na próxima semana para lançar sua campanha para as eleições na entidade em 2015. O suíço vai pedir a “unidade” da Fifa diante dos escândalos de corrupção, na esperança de ser o único nome de consenso dentro da entidade.

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